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Presidente da UNITA diz que guerra entre “marimbondos” não ajuda Angola

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O presidente da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, criticou ontem, sabado (11), a “justiça direcionada” e a guerra entre “marimbondos” no seio do MPLA, que “não está a ajudar” Angola.

Adalberto da Costa Júnior, que discursava após uma marcha de militantes e simpatizantes da UNITA que culminou com a inauguração das instalações do secretariado provincial do partido em Luanda, salientou que “todos devem devolver os dinheiros desviados ao Estado”, sublinhando que “há nomes de quem já ninguém fala”, numa intervenção aplaudida com entusiasmo pelos seus partidários.

O dirigente mostrou-se também surpreendido pela época escolhida pela Procuradoria Geral da República para fazer o arresto de bens da empresária Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos.

“Não é estranho o período que escolheram para o arresto”, coincidindo com o fim do ano e com as férias judiciais, questionou o líder da UNITA perante alguns milhares de apoiantes que encheram uma rua da zona da Ingombota, no centro de Luanda.

“Não queremos uma justiça direcionada, não é bom perseguir os cidadãos”, vincou, destacando que a lei tem de ser aplicada por igual a todos os cidadãos e apelando: “deixem de nos enganar”

Criticou ainda os poderes excessivos concentrados na figura de João Lourenço, o Presidente angolano e sucessor de José Eduardo dos Santos, alertando para que um dia quando perder o poder lhe pode acontecer o mesmo que acontece com José Eduardo dos Santos, o que prejudica Angola.

“Esta guerra do MPLA é boa para o país? Esta guerra está a nos ajudar? A guerra dos marimbondos contra outros marimbondos ajuda o nosso país”, atirou o líder da UNITA, recebendo “nãos” uníssonos em resposta da multidão.

Além de Isabel do Santos, que foi alvo de um arresto provisório também José Filomeno “Zenu” dos Santos está a braços com a justiça, respondendo em tribunal por uma alegada transferência irregular de 500 milhões de dólares.

Isabel dos Santos tem-se de queixado nas últimas semanas de estar a ser alvo de perseguição, uma queixa partilhada com outra das filhas do antigo presidente, Tchizé dos Santos, que viu recentemente o MPLA suspender o seu mandato de deputada, uma decisão que foi entretanto impugnada junto do Tribunal Constitucional.

O discurso de hoje marcou a abertura do ano político da UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola) , o maior partido da oposição, em 2020.

 

C/ Lusa

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1 Comentário

1 Comentário

  1. Eloy Diogo Menezes

    14/01/2020 em 3:10 pm

    Politica é mesmo suja!!! o actual presidente da UNITA numa dada altura esteve no Huambo e falou dos nossos governantes que esturquiram os bens do Estado e se fizeram milionário sem anúncio, porque estão com medo de soma de valores que tem nem divulgam (os marimbondos). Quando o presidente actual de Angola, pediu para fazerem a entrega voluntária do capital adquirido ilicitamente não o fizeram.

    Agora vem me dizer de perseguição as filhas do antigo Presidente de Angola? podes ate falar isso estas já a me mostrar que és falso e perdes punho facilmente, não tens consistência, queres por fogo na sua fogueira Elas ja não vão aderir o seu partido.

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