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Presidente da Guiné-Bissau na investidura de homólogo angolano

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Segundo uma nota de imprensa da Embaixada de Angola na Guiné-Bissau, a que o Correio da Kianda teve acesso, durante a audiência, de aproximadamente 40 minutos, o embaixador Daniel Rosa prestou informações sobre o processo eleitoral que culminou com a votação, a 23 de Agosto, e consagrou o partido MPLA vencedor com 4.164.157, correspondente a 61.08 % do total de votos e do seu candidato a Presidente da República.

O documento realça que o Presidente José Mário Vaz foi informado da participação de mais de três mil observadores nacionais e internacionais que foram unânimes em considerar que as eleições de 23 de Agosto de 2017 foram livres e justas, além de que foram marcadas por civismo e patriotismo, pressupostos que permitiram uma verdadeira festa da democracia.

Para a cerimónia de investidura, o Chefe de Estado guineense foi informado que foram igualmente convidados todos os chefes de Estado da CPLP, dos países vizinhos, a CEDEAO, a UA e organizações internacionais.

Por seu lado, o Presidente José Mário Vaz agradeceu o convite e expressou disponibilidade para participar na referida cerimónia, considerando que servirá também de impulso à parceria especial entre os dois países.

Referenciado a coincidência de o Presidente eleito de Angola ter testemunhado a sua tomada de posse como Presidente da República da Guiné-Bissau, o Presidente José Mário Vaz fez votos de sucessos a João Lourenço no exercício das novas funções.

“Na audiência, os dois interlocutores analisaram a situação interna da Guiné-Bissau, país que conhece instabilidade política desde a demissão do Governo do primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, decorrente de desentendimentos com o Presidente da República”, refere a nota.

A propósito, o embaixador Daniel Rosa informou ao Presidente José Mário Vaz ser interesse das autoridades angolanas, particularmente do Presidente José Eduardo dos Santos, ver ultrapassada a actual crise que a cada dia tem influenciado negativamente na vida económica e social do país.

“O Presidente da República tem interesse em saber da evolução da situação política na Guiné-Bissau”, informou, adiantando que a ida a Luanda do Presidente José Mário Vaz será oportunidade para abordagem da situação e busca de possíveis soluções da crise.

Lembrou o diplomata que a República de Angola defende a implementação do Acordo de Conacri como solução para a crise político-institucional na Guiné-Bissau, sendo para isso necessária vontade política dos seus subscritores.

Por outro lado, deu a conhecer a disponibilidade de Angola retomar os seus projectos de investimentos na Guiné-Bissau, particularmente da Bauxite-Angola, tão logo estejam criadas as condições para o efeito, no caso a realização da 2ª Comissão mista-bilateral.

Por sua vez, o Presidente José Mário Vaz defende igualmente a implementação do Acordo de Conacri, mas descarta a possibilidade de demissão do actual Governo, por considerar que a nomeação de um novo primeiro-ministro também não seria a solução.

Segundo informou, é detentor de uma petição de 54 deputados da Nação que defendem a manutenção do actual Governo e que a nomeação de Augusto Olivais, como previsto no Acordo de Conacri, não seria a solução para saída da crise. “O seu programa e orçamento também não passariam na Assembleia”, enfatizou.

Defende um consenso ao nível do PAIGC em relação aos 15 dissidentes, “não na reintegração nos cargos de vice-presidente, mas nos outros órgãos do partido, como no Comité Central e no Bureau Político”.

Compromete-se, no entanto, em continuar a trabalhar para que o actual mau momento do país seja ultrapassado, contando para o efeito com o apoio da República de Angola.

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