Politica
Presidente da CASA-CE considera Frente Unida da Oposição “uma aventura política”
O Presidente da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), Manuel Fernandes, considerou a Frente Unida da Oposição, criada por Adalberto Costa Júnior, UNITA, Justino Pinto de Andrade, presidente do Bloco Democrático, e o político Abel Chivukuvuku, coordenador geral do PRA-JA, como uma “aventura política”. Segundo Manuel Fernandes, até o momento “não se sabe quais são os critérios que estão em volta da criação desta Frente Unida.
O líder da coligação fez tais considerações durante a grande entrevista concedida à TV Zimbo, na noite desta sexta-feira, 11. O político disse que tanto ele e a formação política que lidera, não foi contactada para fazer parte desta frente. Para o economista, não faz sentido a CASA-CE entrar numa coligação sendo ela já um ente coligado.
“Nós não vamos admitir dissolver a CASA para concorrermos na lista da UNITA”, disse e acrescenta que, não vê “uma UNITA, abdicar-se das suas bandeiras e dos seus símbolos para concorrer numa coligação”.
Para o também parlamentar, o que se pretende nesta frente unida é que na lista da UNITA haja várias cotas de vários entes que vão concorrer nas eleições de 2022, e isso que estão a chamar de Frente Ampla, frisou e realça que “isto não é uma frente ampla de coligação, mas sim, uma frente de integração de vários actores políticos na lista da UNITA”. O presidente da terceira maior força política no país assegurou que desta forma a CASA-CE vai aderir e por ser uma coligação que vai concorrer às eleições.
Manuel Fernandes disse que se os mentores deste projecto tivessem em conta o valor da CASA-CE não deviam contar o Bloco Democrático, teriam de contactar, na altura, o ex-presidente André Mendes de Carvalho, enquanto presidente da CASA-CE, na altura para ver se podia fazer parte desta frente. “Nós não estamos preocupados com a Frente, por isso, desejamos boa sorte, nós temos nosso percurso e nosso caminho”.
O Presidente da CASA-CE abriu ainda a possibilidade de fazer uma frente pós eleitoral para formação de governo: “estamos dispostos para fazer uma frente”.
Quanto a questão da problemática em volta da suspensão do Bloco Democrático, Manuel Fernandes, disse que o regresso à coligação do partido liderado por Justino Pinto de Andrade, deverá ser conhecido após os resultados do seu congresso, que será realizado no próximo mês.