Presidência de Angola na União Africana é desafiante, consideram analistas

O Chefe de Estado João Lourenço assume a presidência da União Africana num contexto desafiante, disse o especialista Horácio Nsimba, mas considerou que isso “torna-o revestido de poder”.

“Daí o apoio de instituições congéneres para pacificação do continente, tendo, igualmente, em vista a realização da próxima cimeira entre os dois blocos regionais”, orientou.

O especialista elegeu ainda o incentivo aos países a aderirem do ponto de vista económico e questões regionais, a Zona de Livre de Comércio Continental, bem como a sua implementação, como desafios importantes que o Chefe de Estado João Lourenço deve aproveitar para deixar reconhecimentos que possam marcar a sua passagem pela Presidência da União Africana.

Já o cientista político Eurico Gonçalves entende, igualmente, que a responsabilidade que o Presidente João Lourenço vai assumir daqui há dias é desafiante. O cientista político considerou ainda como “arriscada e perigosa” a responsabilidade que o país assumirá, mas que acima de tudo exigirá de Angola uma mudança de actuação.

O empenho diplomático da União Europeia, ao Presidente João Lourenço, foi assegurado esta segunda-feira, 10, pelo Presidente do Conselho Europeu, António Costa, expressando “os melhores votos” neste momento em que Angola está prestes a assumir a presidência da União Africana (UA).

Na mensagem, publicada em inglês e português, no final da chamada telefónica, António Costa disse ainda “aguardar com expectativa a Cimeira Bilateral UE-UA ainda este ano”.

O Presidente João Lourenço vai assumir a presidência rotativa da União Africana durante a 38.ª sessão ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo deste organismo, prevista para 15 e 16 deste mês.