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Sociedade

Praia Morena transformada em “prostíbulo a céu aberto” – Prostituição paga-se, até por multicaixa

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A pobreza, a fome e a miséria em Benguela, não está presente apenas nos municípios, está, também patente, na vida dos que vivem, em zonas urbanas, no centro da cidade.

No cartão postal da cidade das acácias, a praia morena, o número de adolescentes e crianças que, pela sobrevivência lutam diariamente, numa tarefa dura para providenciar alimentos para suas famílias, é assustodora. Os arredores da praia morena, transformaram-se num ” Prostíbulo a céu aberto” onde, quem passa, espanta-se, ao encarar , como a prostituição é feita , sem receio de se expor.

O negócio das mulheres que se vendem por dinheiro, é feito em cada esquina da cidade, desde as paredes do cine calunga, até, aos de restaurantes, com preços que vão dos seiscentos aos dois mil quinhentos kwanzas, com pagamentos que podem ser feitos, até por multicaixa ou transferência bancária, antes do acto.

Sem um trabalho que garanta um rendimento fixo, Jandira Pascoal, de 22 anos de idade, foi uma das entrevistadas pelo Correio da Kianda, que sem titubear, descreveu a prostituição na praia morena, como um dos meios encontrados por muitas mulheres, que na ausência de um homem para auxiliar nas despesas de casa e no sustento do filho, o recurso, tem sido um dos locais, agora, apelidado de ” Placa do negócio do sexo” referindo-se a praia morena.

” Vivo no calombó, e venho aqui na Praia morena fazer essa vida, porque é aqui onde aparece mais cliente, sobretudo os que vêm de outras províncias. Contou, a Jovem, que afirma, lucrar, com o negócio do sexo, sobretudo aos finais de semana, com valores que chegam até dez mil kwanzas.

Pela imperiosa necessidade de se procurar o indispensável (o sustento), Lucinda cassova, de 16 anos, diz ter abandonado o município do Cubal, para procurar trabalho na cidade de Benguela, onde acabou por conhecer tininha, uma outra Jovem local, que a influenciou a entrar no negócio do sexo, e hoje acabou por ficar, tudo, alegadamente por conta da fome e pobreza.

” Nunca pensei que um dia poderia entrar nesta vida, mas no cubal a fome está demais, vim aqui em Benguela para trabalhar, e no primeiro dia que cheguei, dormi na rua, onde conheci uma moça que me influenciou a entrar nesta vida que hoje me serve de sustento. Revelou, uma outra Jovem com quem o Correio da Kianda conversou, nos arredores da Praia morena, durante a nossa estadia em Benguela.

Por conta da fome e pobreza em Benguela , de acordo com algumas mulheres, vender o corpo em troca de dinheiro, ou, oferecer favores em troca de serviço, tornou-se numa prática efectiva diária de muitas mulheres adolescente, que fazem do negócio, um meio de sobrevivência, como último recurso.