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PR de Portugal dissolve Parlamento e convoca eleições legislativas para 10 de Março
“Optei pela dissolução da Assembleia e a marcação de eleições a 10 de Março”, afirmou esta quinta-feira, 09, o Presidente da República de Portugal colocando fim ao impasse que surgiu após o primeiro-ministro português, António Costa, apresentar a sua demissão.
Ao final de uma reunião de mais de cinco horas com o Conselho de Segurança e após ouvir os partidos, ontem, Marcelo Rebelo de Sousa justificou a convocação de eleições com a necessidade de “clareza e rumo para superar um vazio inesperado que surpreendeu os portugueses, afeiçoados a oito anos de governação”.
O primeiro-ministro de Portugal apresentou na passada terça-feira a demissão ao presidente de Portugal. Em causa, estão buscas efectuadas pelo Ministério Público local à residência oficial de António Costa e a ministérios envolvidos em negócios de exploração de lítio em Montalegre, que culminaram na constituição de nove arguidos, cinco dos quais detidos, incluindo o seu chefe de gabinete, Vítor Escária.
“Espero que o tempo permita esclarecer o sucedido”, referiu Marcelo, no seu discurso, agradecendo a disponibilidade de António Costa para se manter no Governo daquele país. Avançou, igualmente, que Costa será exonerado “em inícios de Dezembro”.
O até então primeiro-ministro vai ser alvo de uma investigação autónoma por parte do Supremo Tribunal da Justiça de Portugal por tratar-se de uma alta figura do Estado.
Em resposta, António Costa alegou que foi “surpreendido com a informação de que irá ser instaurado um processo-crime” contra ele, alegando que está “disponível para colaborar” com a Justiça:
“Quero dizer olhos nos olhos que não me pesa na consciência qualquer acto ilícito. Confio na Justiça”, vincou.
Actualizada às 21h34