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Portugal: Aliança Democrática poderá enfrentar dificuldade para governar, diz Rui Verde

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O académico luso Rui Verde afirmou nesta terça-feira à Rádio Correio da Kianda, que a Aliança Democrática de Luís Montenegro, que estava no poder, ganhou as eleições, mas também é evidente que apenas teve um terço dos votos.

Segundo o analista, “com o terço dos votos, é muito difícil governar”.

“É um governo que vai durar quando muito um ano. Um pouco mais um pouco menos, vai estar ao sabor das ondas e intempéries novamente, com uma oposição mais aguerrida, pelo menos do Chega”, disse.

Verde, defendeu também que o Partido Socialista teve um valor histórico fundamental na criação da democracia moderna em Portugal, mas nos últimos dois ou três anos perdeu um milhão de votos.

“Se vai perder mais ou vai conseguir estancar esta hemorragia”, disse não fazer ideia, mas, como outros partidos fundadores de vários regimes, “pode desaparecer ou não, depende se souber refundar ou reestruturar”.

O professor das universidades Paris-Cité e da Oxford, assegurou que a população está descontente com os regimes dos últimos 50 anos.

“Está a tentar demonstrar esse descontentamento nas urnas. São situações que se verificam em Portugal, em Moçambique, e muito provavelmente já se verificaram em Angola, em 2022. A verdade é essa e pode-se verificar em 2027 mais um descontentamento”, avançou.

Sobre as eleições em Portugal, o político do MPLA, Mário Pinto Andrade, disse que os portugueses decidiram que não queriam um governo com maioria absoluta, mas um governo de maioria maior, e considera um grande retrocesso para democracia portuguesa, por o Partido Socialista, fundador da democracia, ter ficado em terceiro lugar, 50 anos depois.

Sobre a máxima do PRA-JA Servir Angola em ser governo ou parte do governo, o Secretário para a Reforma, Administração Pública e Autarquias do MPLA, Mário Pinto de Andrade, disse que “os políticos têm o direito de sonhar, mas compete ao povo decidir quem governa, através do voto”.

Ouça as declarações no Jornal da Rádio Correio da Kianda 

Jornalista multimédia com quase 15 anos de carreira, como repórter, locutor e editor, tratando matérias de índole socioeconómico, cultural e político é o único jornalista angolano eleito entre os 100 “Heróis da Informação” do mundo, pela organização Repórteres Sem Fronteira. Licenciado em Direito, na especialidade Jurídico-Forense, foi ainda editor-chefe e Director Geral da Rádio Despertar.




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