Politica
Popularidade política do PR aumentou quando descartou terceiro mandato, afirmam analistas
Os analistas que participaram esta terça-feira, 18, do espaço “Tem a Palavra”, do Programa Capital Central, da Rádio Correio da Kianda, consideram não ser pretensão do Presidente da República em avançar com um possível terceiro mandato, pelo facto de não alterar o artigo sobre o limite de mandatos presidenciais aquando da Revisão da Constituição.
Por seu turno, o jurista Jássil Sakanjuele sustentou a sua afirmação, assegurando ser uma atitude esperada, a partir do entendimento segundo o qual o Chefe de Estado deve ser aquele que prima pelo respeito da democracia e um possível terceiro mandato jogaria em causa a sua idoneidade enquanto mais Alto Mandatário da Nação.
O especialista em Gestão e Administração Pública, Denílson Duro, disse que é necessário felicitar a postura assumida pelo Presidente da República em não prolongar o seu mandato a frente do poder pelo facto de o país sair de uma governação de José Eduardo dos Santos de pelo menos 38 anos.
O sociólogo Agostinho Paulo criticou a questão como se analisa o país mas tendo como referencia o partido que sustenta o governo. O especialista defende espírito de angolanidade, olhando-se mais para as questões sociais e investimento nas infra-estruturas para que se saia do pode com um bom legado.
Denílson Duro disse, por outro lado, que esta decisão dom Presidente da República repõe a estabilidade do sistema eleitoral e democrático do país, e que depois do seu pronunciamento descartando um possível terceiro mandato o seu índice de popularidade política aumentou.
“Estamos a ter a estabilidade do nosso sistema democrático, que também é recente, estamos aqui desde o ciclo eleitoral de 2008, 2012, 2017, 2022, então estamos a construir o nosso sistema eleitoral e era bom que não criássemos pontos de estrangulamento. O Presidente João Lourenço fê-lo muito bem, está devidamente acautelado esse quesito e saiu totalmente fortalecido, ou seja, o Presidente João Lourenço, desde esse pronunciamento para cá, o seu índice de popularidade aumentou”, disse e continuou:
“Já se não querem admitir, mas o índice de popularidade do Presidente João Lourenço aumentou essencialmente no âmbito político, só deve melhorar no âmbito social e isso tem esses dois anos, praticamente dois anos de governação para melhorar a sua componente social e sair fortalecido da presidência”.
Já o sociólogo Agostinho Paulo defendeu ser necessário olhar-se para a democracia tendo como base o seu mandato, frisando ser importante reconhecer que o país enfrenta muitos problemas desde os escândalos na AGT e o agravamento da falta de medicamentos e meios médicos nos hospitais, como maculas da actual governação.