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Populares insatisfeitos com rejeição das moedas de 10 e 20 kwanzas nos táxis e mercados informais

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Alguns populares em Luanda dizem estar agastados com a reacção de alguns vendedores e taxistas que rejeitam a circulação das moedas de cinco e dez kwanzas sem qualquer fundamento legal ou orientação do Banco Nacional de Angola (BNA).

Ouvido pela Rádio Correio da Kianda Filipe Mahana, revelou que inicialmente tomou conhecimento da rejeição destas moedas em outras províncias do país, passado alguns meses a situação alastrou-se para capital do país, onde viu cancelado o seu desejado de comprar um produto, após ter sido rejeitado a moeda que carregava sem outra alternativa voltou para casa sem o produto que precisava.

“A partir do lado do meu bairro onde eu vivo, praticamente, nas províncias já tinha conhecimento, mas aqui dentro da cidade capital, a semana passada mesmo, está errado, porque não é bom as pessoas tomarem decisão daquilo que, às vezes, tem que ser orientado” lamentou.

Lino Raimundo, outro cidadão que também sentiu a mão pesada nos últimos dias, pois segundo o que conta, a situação tem ganhado contornos nos quatro cantos da cidade capital, sem nenhum comunicado oficial das autoridades competentes, por isso sugere medidas punitivas para os cidadãos que sem razões plausíveis rejeitam as moedas para que sirva de lição aos outros vendedores e taxistas.

 “Também não poderia ser assim porque as moedas pertencem ao nosso país, então não podemos rejeitar essa nossa moeda, porque é uma moeda que nos fornece a nossa economia do país, mesmo os taxistas têm que meter a cabeça num lugar para saber que este é o nosso dinheiro daqui do nosso país, o Estado deve conscientizar a população e tomar as medidas necessárias” afirmou.

No entanto o presidente da Associação dos Taxistas de Angola, Rafael Inácio, disse a RNA que até ao momento a associação não recebeu nenhum comunicado do Banco Nacional de Angola, do Ministério das Finanças, ou outra instituição sobre as moedas em causas, o que assegura que continuam válidas no circuito financeiro angolano e espera dos associados a aceitação das moedas.

Aos que rejeitarem de acordo com o presidente da ANATA, a associação recorda que estão sujeitos a medidas judiciais, o que, à partida, não é um cenário favorável.

Importa referir que o Banco Nacional de Angola (BNA), entidade responsável pela emissão e regulação da moeda nacional, não emitiu qualquer comunicado oficial que desvalorize ou retire de circulação as moedas metálicas de 10 e 20 kwanzas.

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