Sociedade
Populares da província Icolo e Bengo clamam por mais infra-estruturas
Educação e saúde estão entre os sectores que mais carecem de aposta. A precariedade dos principais serviços sociais obriga citadinos daquela província a percorrerem longas distâncias para verem resolvidas as suas necessidades.
A falta de escolas do ensino superior, muitas vezes obriga jovens, após o término do ensino secundário, a deslocarem-se para outras províncias no sentido de dar continuidade aos estudos, o que gera muitos gastos, revelou Domingos Passarinho.
Para este jovem o governo de Auzílio Jacob, deve construir centros de formação para desafogar o elevado número de desempregados e aumentar o nível de empreendedores.
O mau estado das vias de comunicação tem preocupado também os populares daquela circunscrição. Domingos, afirmou que a estrada 230, que liga às outras províncias, encontra-se totalmente esburacada com a paralisação de obras o que resulta em vários acidentes.
Continuou dizendo que a nível provincial, os hospitais não têm profissionais para responder a demanda e a falta de medicamentos é uma realidade.
“Os hospitais não são dos melhores, os doutores dão aos estagiários toda a responsabilidade de atendimento, quando fizemos a consulta depois vamos fora comprar os medicamentos”, revelou.
“No atendimento de saúde, os utentes chegam a pagar doze a treze mil kwanzas dependendo da idade”, afirmou Idalina Canimbo.
“Para o tratamento pagamos 12 mil se for uma criança, e 14 para adultos, dependo da doença”, disse.
Melhores serviços
Os populares sugeriram ao governo de Auzílio Jacob, a priorização dos sectores essenciais “Saúde e Educação” para reduzir a procura destes serviços em outras províncias.
O sociólogo Agostinho Paulo, entende que a província do Icolo e Bengo enquanto município o antigo gestor não teve uma política que visava melhorar a qualidade de vida dos munícipes.
“Notou-se um grande incumprimento porque entendo que o administrador/a cessante não tinha uma política actuante, não se compreende como é possível um município que recebia aproximadamente 25 milhões de kwanzas não tive um plano que visava melhorar os serviços públicos noutrora município actualmente província “assegurou.
Prosseguiu, afirmando que por conta disso, os munícipes terão problemas maiores com infra-estruturas, fornecimento de energia e água, saneamento básico, reabilitação de estradas.
Por isso, o especialista afirmou que o mandato de Auzílio Jacob, será marcado por grande desafio,.
A província é caracterizada pela actividade agrícola. Agostinho sugeriu ao governo trabalho com empresários para que haja resultados e adesão massiva com vista a melhorar o nível de vida.
“É necessário um trabalho paliativo ou técnico do ponto de vista de reabilitação das estradas, sinalização, iluminação pública”, entretanto, o especialista sublinhou a prioridade em segurança, construção de escolas, centros médicos.
Agostinho, garantiu ser prematuro a solicitação da população, por isso, sugeriu aos munícipes que pretendem tratar os seus documentos a afluírem aos municípios próximos de Luanda.
“O senhor ministro abriu esta particularidade até que s condições sejam melhoradas, recomendamos aos munícipes desta província a não esforcem ao governador Jacob, no sentido de dar aquilo que ainda não consegue dar, mas que recorram em outros municípios para prestação dos documentos formais”, assegurou.