Sociedade
Pólio: autoridades preocupadas com infantários que impedem vacinação de crianças
As autoridades sanitárias da capital do país estão preocupadas com os infantários que impedem a entrada de vacinadores nos seus estabelecimentos para a imunização das crianças.
A preocupação foi demonstrada nesta quinta-feira, 05, pela coordenadora provincial do programa Alargado de vacinação da capital do país, Felismina Neto, no quadro do lançamento da campanha de vacinação que vai se realizar de 13 a 16 do corrente mês de Outubro.
De acordo com a responsável, na primeira ronda da campanha de vacinação contra a poliomielite, realizada em Setembro último, foram várias as instituições infantárias que impediram a entrada dos vacinadores para a administração das doses de vacina, com a alegação de que “são os pais que proíbem sem filhos de serem imunizados, isto não corresponde a verdade. Quem não deixa entrar os vacinadores são os responsáveis das creches”.
Felismina Neto apela a todas pessoas, responsáveis pelo cuidado das crianças a acatarem a orientação das autoridades sanitárias, no sentido de permitirem a administração da Vacina.
“É uma campanha de prevenção, tendo em conta, os casos notificados nas vizinhas República de Angola, especialmente a RDC, que tem notificado mais de 500 casos de poliomielite selvagem”, sublinhou.
Entretanto, tranquiliza a população de que “Angola não notifica casos de pólio desde 2011”, uma ganho que resulta das intervenções que têm sido feitas através das vacinas de rotina e com as equipas avançadas na comunidade, bem como em campanhas massivas de alta qualidade.
A coordenadora do programa Alargado de Vacinação em Luanda avançou que para esta campanha, a pretensão é que sejam vacinadas um milhão e meio de crianças dos 0 aos cinco anos de vida.
Aquela responsável disse ainda que a campanha de vacinação tem duas etapas.
Depois da fase de administração, a decorrer de 13 a 16 de Outubro, virá a etapa de monitorização “que é a etapa mais importante da campanha”, em se vai ver, através da amostragem, o número de crianças que estão sem se vacinar.
“Portanto, a orientação para os brigadistas, para os munícipios, para os distritos é de fazer varredura por castata em toda a extensão da província de Luanda para não deixar nenhuma criança para trás”.