Politica
Polícias corruptos vão ser expulsos
O comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-geral Alfredo Eduardo Mingas “Panda”, disse, em Luanda, que está a chegar ao fim o período de sensibilização para que se ponha fim às práticas de corrupção e anunciou a punição ou expulsão da corporação de todos aqueles que estejam envolvidos na chamada “gasosa”.
Alfredo Mingas “Panda” defendeu que os comandantes devem ser exemplares
Fotografia: Fernando Neto | Edições Novembro
De acordo com a página da Polícia Nacional na rede social Facebook, o comandante-geral Alfredo Eduardo Mingas “Panda” falava no sábado durante uma reunião com os responsáveis da Unidade de Trânsito de Luanda. Na ocasião, o comissário-geral prometeu dar início à fase de punições com despromoções e de despedimentos de oficiais e agentes da corporação envolvidos em práticas de corrupção.
“A atitude dos comandantes é fundamental para acabarmos com o fenómeno gasosa”, considerou Alfredo Mingas, para quem é preciso que os comandantes também se consciencializem sobre o mal da corrupção.
Na reunião esteve presente o segundo-comandante provincial de Luanda da Polícia Nacional, comissário Francisco Ribas, em representação do comandante provincial António Maria Sita.
Depois do encontro, o comandante-geral da Polícia Nacional teceu algumas considerações durante uma formatura com mil efectivos da Unidade de Trânsito de Luanda. Alfredo Mingas afirmou que a Polícia de Trânsito deve acompanhar a dinâmica da mudança que se verifica no país, pautando por atitudes que dignificam o estatuto da autoridade.
“As exigências de mudança que se quer em vários ramos da sociedade deve ser a mesma na Polícia de Trânsito e toda a prática que mancha o nome da corporação deve ser extinta. Devemos deixar o hábito da ‘gasosa’ e da extorsão, velando unicamente pelo bem-estar do cidadão”, exortou.
Na ocasião, a alta patente da Polícia disse que os principais objectivos do efectivo de trânsito deve ser a redução dos acidentes nas estradas, e ser visto como uma força de elite. Para o comandante-geral da Polícia Nacional, aqueles que vêm a Unidade de Trânsito com o objectivo de saciar os caprichos pessoais, devem mudar de comportamento ou abandonar a farda, sublinhando que “o pouco com Deus é muito, e o muito sem Deus é nada”.
Segurança social
O comandante-geral da Polícia Nacional afirmou na sexta-feira, em Luanda, que os descontos efectuados pela Caixa de Segurança Social da corporação e todo o trabalho prestado pelos serviços sociais devem favorecer os efectivos e as suas famílias.
O comissário-geral Alfredo Eduardo Mingas “Panda” fez esta afirmação durante uma reunião de constatação do funcionamento do Departamento dos Serviços Sociais da Polícia Nacional, onde disse ser urgente a elaboração de novos métodos de descontos, tendo em atenção o posto ou grau de quem é descontado.
Na ocasião, o comandante “Panda” pediu que se reflicta em torno do verdadeiro papel dos Serviços Sociais da Polícia Nacional, “por forma a melhorar a vida dos agentes da autoridade e valorizar-se cada vez mais os recursos humanos”.
A reunião com o responsável do órgão, comissário Matias Silva, contou com a participação dos membros do conselho consultivo do Comando-Geral da Polícia Nacional.
O novo comandante da Polícia Nacional foi nomeado em Novembro do ano passado. No acto de recepção de pastas ao seu antecessor, Ambrósio de Lemos, Alfredo Mingas “Panda” pediu maior rigor e disciplina aos efectivos da corporação, no cumprimento do dever em prol da segurança e da ordem pública.
O comandante “Panda” prometeu mais trabalho e promover cada vez mais o policiamento de proximidade. Admitiu que vai ter uma “missão árdua” no comando da Polícia Nacional.