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Polícia sul-africana resgata ministra da Defesa feita refém por ex-combatentes

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A polícia sul-africana resgatou, esta quinta-feira à noite, uma delegação governamental liderada pela ministra da Defesa da África do Sul, Thandi Modise, depois de terem sido mantidos reféns por ex-combatentes da libertação. Da ação de resgate resultaram três feridos e 56 detidos.

De acordo com vários órgãos de comunicação social sul-africanos, os altos funcionários governamentais foram mantidos como reféns a partir das 19 horas locais (18 horas em Portugal continental) num hotel dos arredores da capital sul-africana, Pretória, quando decorria uma reunião com cerca de 30 ex-combatentes de vários movimentos de libertação.

A ministra Thandi Modise, juntamente com o ministro na Presidência Mondli Gungubele e o vice-ministro da Defesa, Thabang Makwetla, foram resgatados por dezenas de agentes das forças de segurança por volta das 22 horas (21 horas em Portugal continental).

“Não conseguimos chegar a acordo sobre os procedimentos da reunião e no final quando nos dirigíamos para a saída eles fecharam as portas”, contou o ministro na Presidência Mondli Gungubele numa mensagem vídeo divulgada aos jornalistas pelos serviços de comunicação governamental horas depois da operação de resgate realizada pelas forças de segurança.

“Foi naquele momento que nos apercebemos que estávamos reféns”, frisou o governante sul-africano.

“Cerca das 19.15 horas desta noite fomos informados de uma possível situação de reféns num hotel em Centurion, Pretória, e ativamos de imediato várias unidades do SAPS [Polícia da África do Sul]”, explicou o porta-voz Vish Naidoo.

“Quando as tentativas de negociação com os sequestradores falharam, conseguimos penetrar na sala onde essas pessoas estavam reféns e resgatamos três reféns”, relatou o porta-voz da Polícia sul-africana.

Entre as 56 pessoas detidas encontram-se sete mulheres, adiantou o porta-voz policial.

A operação de resgate integrou forças especiais de elite que foram auxiliados pela polícia militar e vários agentes da polícia, segundo o porta-voz da Polícia sul-africana.

Os ex-combatentes teriam exigido a presença no encontro do presidente Cyril Ramaphosa, que é também presidente do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), o partido no poder na África do Sul desde 1994, e do vice-presidente da República David Mabuza.

Os ex-combatentes reivindicam o pagamento de pelo menos dois milhões de rands (111.816,02 euros) para cada um pelo seu contributo na luta armada de libertação contra o anterior regime do apartheid.

No início da semana, o grupo de ex-combatentes realizou uma manifestação na sede nacional do ANC, em Joanesburgo, tendo sido agendada uma reunião com altos funcionários do Governo para esta quinta-feira.

O grupo de ex-combatentes do Umkhonto weSizwe, a antiga ala armada do ANC, do APLA e AZANLA, representado pelos Veteranos de Guerra da Luta de Libertação (LSWV), reuniu-se com o grupo de trabalho presidencial para os assuntos dos militares veteranos.

 

C/ JN