Sociedade
Polícia prende mais de dezoito activistas no bairro Operário
A Polícia Nacional prendeu, ontem, mais de 18 activistas que se encontravam a realizar uma manifestação espontânea do Sambizanga até a Assembleia Nacional para exigir melhores condições de vida para a população, e que os votos das próximas eleições sejam contados nos locais onde os cidadãos votarem, soube o Correio da Kianda.
“Nós marcamos uma manifestação espontânea até a Assembleia Nacional, porque o Governo quer que os votos sejam contados em Luanda. Se todos os votos vierem para Luanda, mais uma vez o MPLA e a sua ´bandidagem´ vão fazer fraude e nós vamos sofrer mais 5 anos. Por causa disso, o comandante Paulo de Almeida mandou prender os activistas”, denunciou um outro manifestante que se encontra no exterior da segunda esquadra do bairro Operário, pertencente ao distrito do Sambizanga, onde os activistas se encontram presos.
“Estão a receber telefones. Ou são polícias, ou bandidos. Em vez de serem polícias do povo são do MPLA. Um polícia manipulou, mas não disparou a ninguém. Tem uns polícias arrogantes que estão a esquecer que, quando as coisas mudarem no país, para eles também vai mudar. Mas a nossa Polícia acha que se o MPLA sair do poder vão deixar de ser polícias”, desabafou.
O Correio da Kianda sabe que, entre os activistas presos estão Kim de Andrade Kabandassule, Paulo Melo Paulo Melo, Alexandre Simone Bolívia, Cláudio Revolta, Alves Kamulingue Binho, Filipe Albano, Kastoni Alfa, Jó Barça Árabe, Cândido, Libertador, Pedro Tambo, Quibandela UBUNTU, Dje-master Deosam, Fortunato Dupinato, Gonçalves Kananganga, Esperanca Veiga Älquimista, Nsakala Ufolo, André Laipa e Victor Narciso.
Por Pedro Kididi