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Polícia Nacional de Cabo Verde inicia greve de três dias

A Polícia Nacional (PN) de Cabo Verde inicia às 00:00 horas de quarta-feira (mais uma hora em Lisboa) uma greve de três dias, a primeira da sua história, depois de terem falhado as negociações com a tutela.

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De acordo com o Sindicato Nacional de Polícia (SINAPOL), apesar da mediação da Direção Geral do Trabalho, não foi possível o entendimento com o Ministério da Administração Interna (MAI) relativamente à atualização salarial dos agentes da PN.

Não houve também acordo para definição dos serviços mínimos, o que levou o Governo a avançar com a requisição civil para os dias 27, 28 e 29 de dezembro.

O SINAPOL acusa o MAI de não ter cumprido o memorando de entendimento assinado em março, no qual se comprometia a atender às reivindicações dos polícias e que levou à desconvocação de uma greve marcada nessa altura.

Os polícias reivindicam a atualização salarial dos agentes da Polícia Nacional, a redução da carga horária e a introdução de um regulamento de trabalho e pagamento de subsídio de condição policial à guarda fiscal, com efeitos retroativos.

Da lista de reivindicações consta também o pagamento de 25% sobre o vencimento, como subsídio de condução, ao pessoal da PN que exerce, cumulativamente, as funções de condutores.

Em declarações à Televisão de Cabo Verde (TCV), o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, estranhou a concretização da “primeira greve da história da Polícia Nacional” num ano em que o Governo fez o “maior investimento na Polícia Nacional”, destacando a aprovação da grelha salarial, a atualização do índice salarial e as progressões na corporação.

“Esta é a primeira greve na história da polícia, que tem 147 anos, por coincidência e estranhamente no ano em o Governo fez o maior investimento de sempre (3,6 milhões de euros) na Polícia Nacional. Há que ter alguma razoabilidade”, disse.

Paulo Rocha considera que o que está em causa nesta greve é a exigência de uma nova atualização do índice salarial para os próximos três anos, adiantando que o sindicato apresentou reivindicações que “nunca estiveram em cima da mesa”, como o subsídio de condução.

Paulo Rocha deixou uma mensagem de tranquilidade aos cidadãos, numa altura tradicionalmente de mais trabalho para a polícia, assegurando que o Governo tudo fará “para que nada se altere em termos de segurança e de ordem pública”.

A Polícia Nacional de Cabo Verde tem cerca de dois mil agentes.

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