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Polícia Judiciária portuguesa desmente contratação de Rui Pinto
A Polícia Judiciária portuguesa desmentiu, nesta segunda-feira, 10, que Rui Pinto tenha sido contratado pela força de segurança daquele país.
O esclarecimento surge no seguimento de notícias publicadas na imprensa de Portugal e que davam conta que o arguido do caso Football Leaks tinha sido contratado pela Polícia Judiciária.
“Não corresponde à verdade”, disse a PJ portuguesa, em declarações publicadas pelo site Notícias ao Minuto, acrescentando ainda que “não paga, a Rui Pinto, qualquer vencimento”, mas avançou que o mesmo encontra-se sob o abrigo do programa de protecção de testemunhas:
“Todas as despesas com a sua protecção estão ao abrigo do programa de proteção de testemunhas”.
Em meados de Abril. Rui Pinto fez um acordo e aceitou colaborar com a Justiça para que o Ministério Público (MP) e a PJ portugueses tenham acesso a todos os segredos contidos em dez discos externos encriptados que lhe foram apreendidos quando foi detido na Hungria, em Janeiro de 2019. Em contrapartida, passou a viver em prisão domiciliária, nas instalações da PJ, em Lisboa.
Luanda Leaks
Rui Pinto já tinha assumido publicamente ter sido o denunciante que passou as informações ao Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (CIJI). Foi este grupo de jornalistas, espalhados pelo mundo, que tornou públicas as primeiras suspeitas de crimes envolvendo a empresária Isabel dos Santos.
O alegado esquema de desvio de USD 115 milhões da petrolífera estatal Sonangol (da qual foi presidente) para uma conta no Dubai (Emirados Árabes Unidos) pode configurar crime apenas em Angola.
Contudo, o esvaziamento de todo o saldo da empresa numa conta do EuroBic em Lisboa (do qual era a principal accionista) no dia seguinte à sua demissão, pode configurar um ilícito punível em Portugal. As autoridades portuguesas também querem averiguar se poderão ter sido cometidos outros ilícitos, como branqueamento de capitais.