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Polícia detém falsificadores de documentos do gabinete da Primeira-Dama

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A polícia Nacional deteve, este mês, sete pessoas envolvidas na falsificação de documentos e que se faziam passar por funcionários do gabinete da Primeira-Dama Ana Dias Lourenço, alegando necessitar de patrocínios para o Dia Internacional da Criança.

A rede de falsificadores usa um carimbo semelhante ao do gabinete da Primeira-Dama para solicitar patrocínios monetários em instituições do estado, solicitando que os valores fossem transferidos para uma conta no Banco BIC, em nome de uma empresa.

A Polícia Nacional recuperou seis milhões de kwanzas e outros 13 milhões encontram-se retidos, embora a burla seja de 40 milhões de kwanzas, segundo os documentos enviados a solicitar o suposto patrocínio.

Segundo o director do Centro de Operações do Serviço de Investigação Criminal (SIC), comissário Amaro Neto, a corporação teve acesso a alguma documentação e foi possível o desmantelamento deste grupo que pretendia extorquir valores monetários em algumas empresas.

Acrescentou que as instituições contactadas pelos falsificadores tiveram um pouco de perícia em averiguar a autenticidade dos documentos, se realmente eram ou não provenientes do gabinete da Primeira-Dama.

O comissário alertou para a existência de alguns documentos que ainda foram endereçados para outras instituições, inclusive para o Cofre de Providência da Polícia Nacional, devendo as empresas ter o máximo cuidado para não efectuarem qualquer transferência bancária, por se tratar de uma burla.

Na mesma operação foram também detidos dois funcionários do Banco BIC, sendo um sub-gerente e uma operadora de caixa por não terem observados as normas e procedimentos para que a operação não fosse feita, e por terem facilitado a tramitação da documentação.

O director informou ainda que os falsificadores são reincidentes, porquanto já foram detidos antes pela Polícia pela mesma prática, beneficiaram da amnistia em 2017, mas voltaram a cometer crime semelhante.

Segundo o responsável, até ao momento as investigações não apontam qualquer envolvimento de funcionários do gabinete da Primeira-Dama.

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