Sociedade
Polícia acusada de disparar contra manifestantes na Lunda Norte
As forças de segurança na província da Lunda Norte, segundo o protectorado Lunda Tchokwe, dispararam contra vários manifestantes, durante uma manifestação que teve início nas primeiras horas deste sábado, em Cafunfo, e em outras regiões diamantíferas, como Cuango e Capenda-Camulenda.
Segundo activistas ligados ao Movimento Protectorado Português da Lunda Tchokwe, organizadores da manifestação, em denúncia ao Correio da Kianda, a Polícia Nacional, em conjunto com outras forças de segurança, efectuaram disparos mortais contra vários manifestantes civis, que conheceram a morte no local da manifestação.
O número avançado ao Correio da Kianda de manifestantes mortos em protestos na Lunda Norte, neste sábado, 30, pelo protectorado Lunda Tchokwe, ultrapassa cinco cidadãos. A direcção do Gabinete de Comunicação Institucional do Governo Provincial da Lunda Norte, foi contactado pelo nosso jornal, para ouvir a versão da denúncia dos manifestantes, mas não tivemos sucesso.
Entretanto, num comunicado enviado há instantes ao Correio da Kianda pela Polícia Nacional, o Comando da Polícia naquela província do Leste, qualificou o acto dos activistas como sendo de rebelião, acrescentando que os referidos manifestantes foram portadores, durante a manifestação, de armas de fogo, caçadeiras e outras armas brancas, assim como engenhos explosivos, que serviram de enfrentamento contra as forças da ordem.
Segundo ainda a Polícia Nacional no seu comunicado, o protectorado Lunda Tchokwe pretendia, com as referidas armas, causar baixas aos efectivos das Forças de Defesa e Segurança, o que acabou por provocar ferimentos a dois oficiais, dos quais um, da Polícia Nacional e um outro das Forças Armadas Angolanas.
Até ao fecho desta matéria, o Correio da Kianda voltou a contactar o Governo Provincial da Lunda Norte, assim como um dos principais organizadores da manifestação, o líder do protectorado Lunda Tchokwe, Zecamutchima, mas nenhuma das ligações fomos bem sucedidos.
Um assunto que o Correio da Kianda vai continuar a acompanhar.
Por: Dumbo Antonio