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Politica

Poeira torna-se cartão postal do Cuanza Sul

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Nas vestes de governador do Cuanza Sul, Job Capapinha foi eleito, nesta segunda-feira, 5, pelos citadinos da cidade do Porto Amboim, contactados pelo Correio da Kianda, como sendo o político e governante que menos trabalhou em 2020 para o bem das populações daquela cidade, na província que dirige.

Segundo os cidadãos, que falaram para este portal de notícias, a nota negativa atribuída ao governador do Cuanza Sul, é resultante da sujeira, falta de saneamento básico, poeira e outros poluentes, que se transformaram em cartão postal da cidade do Porto Amboim.

“As vezes, nós, populares do Porto Amboim, ficamos com a sensação de que os administradores e governadores que são indicados para governar esta cidade, não gostam, nem têm pena deste povo. Não se compreende, como é que uma cidade tão pequena, continua a ser tomada pela poeira e outros poluentes”, disse ao Correio da Kianda, Fernando Cassongo Antunes, morador da cidade.

À semelhança da pequena Porto Amboim, no Sumbe, capital da província, os problemas acumulam-se, transformando-se numa cidade “empoeirada” e cheia de mil problemas.

Revelam os moradores que, devido aos problemas de poeira, usar roupa branca na cidade do Porto Amboim, só para quem anda de carro. A indumentária colorida tem sido as mais usadas, por oferecerem mais conforto e guardarem a sujidade da poeira de quem circula a pé ou mesmo de táxi por aquelas paragens.

“Usar roupas brancas aqui só para quem tem carro bonito e com ar condicionado. É tanta poeira, que o melhor mesmo tem sido usar roupas coloridas para esconder a poeira que se apanha logo que se sai para a rua”, revelou, Margarida Hemingarda.

A liderança de Job Capapinha na gestão do Cuanza Sul, há muito que vem sendo contestada por notáveis figuras nascidas naquela referida província, incluindo por partidos da oposição.

Recentemente, depois de terem circulado informações que davam conta de um escândalo financeiro naquela província, onde supostamente estaria envolvido o governador, no pagamento de mais de 49 milhões de kwanzas para aluguer de viaturas, a UNITA, maior partido da oposição, exigiu a exoneração imediata do governador.

A exigência foi feita pelo Secretário da UNITA no Cuanza Sul, Armando Kakepa, que considerou a atitude do governador no suposto envolvimento do escândalo financeiro, como sendo vergonhoso, a julgar pelo actual contexto social de dificuldades que o país atravessa, com o somar de casos de miséria e fome naquela província.

Por: Dumbo António