Desporto
Platini sai em liberdade e sem acusações
O ex-craque francês e ex-presidente da Uefa Michel Platini foi posto em liberdade na noite desta terça-feira depois de ter sido detido e interrogado sobre a suposta corrupção na escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022.
“A prisão preventiva foi revogada”, disse o advogado do ex-astro francês, William Bourdon, que lamentou que se faça “muito barulho por nada”.
“Esta detenção de Michel [Platini] foi injusta e desproporcional”, acrescentou o advogado.
Na saída do Escritório anticorrupção da Polícia Judiciária, em Nanterre, Platini comentou que “embora eu devesse me apresentar livremente, fui colocado imediatamente sob custódia. Isso foi doloroso”.
De acordo com o ex-jogador da seleção francesa, nessas dependências policiais o interrogaram “sobre a Euro 2016, a Copa do Mundo da Rússia [em 2018], a Copa do Mundo do Catar, o Paris-Saint Germain e a Fifa”.
Platini garantiu que durante todo o interrogatório se manteve “sempre sereno, já que me sinto completamente alheio a qualquer negócio”.
Já o advogado Bourdon disse que “de nenhuma maneira Michel Platini pode ser considerado suspeito de qualquer coisa. Para nós este é um caso encerrado”.
Além de Platini, de 63 anos e que ocupou o cargo de vice-presidente da Fifa até 2015, também foi detida a ex-conselheira de Esportes do governo Sarkozy, Sophie Dion, segundo uma fonte judicial.
Platini e Dion foram levados ao escritório anticorrupção da polícia judicial, em Nanterre, perto de Paris, onde também está sendo interrogado o secretário-geral do Palácio do Eliseu durante a presidência de Sarkozy, Claude Guéant.
A Procuradoria Nacional de Finanças (PNF) abriu em 2016 uma investigação preliminar por suspeitas de corrupção no processo de escolha da Fifa para as sedes dos Mundiais de 2018 (Rússia) e 2022 (Catar).
A justiça francesa se interessa particularmente por uma “reunião secreta” que teria acontecido no Palácio do Eliseu em 23 de novembro de 2010, na qual teriam participado o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, o príncipe do Catar Tamim bin Hamad al-Thani e Michel Platini, que na época era presidente da Uefa e vice-presidente da Fifa.