Sociedade
PGR investiga gestores portugueses da Universidade Jean Piaget
A equipa de gestores portugueses da Universidade Jean Piaget de Angola está a ser investigada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por haver indícios de branqueamento de capitais, fuga ao fisco e auxílio à imigração ilegal.
De acordo com a informação divulgada pelo Valor Económico, a investigação surge após uma denúncia pública efectuada pelo corpo docente e não docente daquela instituição de ensino superior, ocorrida no dia 12 de Outubro.
O porta-voz do pessoal docente e não docente, Abraão Franco, avança a publicação, foi ouvido nos Serviços de Migração e Estrangeiros (SME) pela “denúncia de cidadãos portugueses a trabalhar na estrutura central da universidade, sem qualquer visto de trabalho ou de permanência em território nacional”.
“Segundo este representante dos funcionários, o então homem das finanças, José Manuel da Costa Rocha, retirado do cargo em Outubro, após ameaça de paralisação de toda a actividade laboral, seria o autor de desvios milionários da instituição”, lê-se na notícia.
O Valor Económico publica ainda que, segundo Abraão Franco, enquanto José Manuel da Costa Rocha exerceu o cargo, terá solicitado “vários empréstimos bancários em nome da Universidade Jean Piaget, mas que se reverteram em seu benefício, tendo, por sua vez, causado uma ‘avultada dívida’ que impediu outro empréstimo diante da banca no período de Estado de Emergência”. E que tal valor serviria, alegadamente, para pagar os salários em atraso.
Ainda de acordo com a notícia, os funcionários da Universidade Jean Piaget de Angola estão com os salários em atraso desde Setembro do ano passado, uma informação que está a ser apurada pelo Correio da Kianda.