Politica
PGR confisca edifícios 3A e hotéis IKA e IU pertencentes ao empresário São Vicente
Actualizada às 18h20
O Serviço Nacional de Recuperação de Activos da Procuradoria-Geral da República (PGR) apreendeu, nesta terça-feira, 08, os edifícios AAA, os hotéis IKA e IU e 49% das acções no Standard Bank Angola, que têm como um dos proprietários, o antigo PCA da seguradora AAA, dissolvida em Fevereiro, Carlos Manuel de São Vicente.
O Mandado de Apreensão decorre no âmbito do processo de investigação patrimonial por indícios de crimes de peculato, participação económica em negócios, tráfico de influência e branqueamento de capitais previstos e puníveis de acordo com os artigos 313 e outros do código penal.
De acordo com comunicado enviado ao Correio da Kianda, foram apreendidos 49% das participações sociais da accionista AAA Activos no Standard Bank de Angola, os três edifícios AAA e o edifício IRCA, sitos na Nova Marginal, e a rede de hotéis IU e IKA, todos localizados em Luanda.
“O respectivo Mandado de Apreensão é extensivo aos edifícios situados nas restantes províncias do país, com excepção dos que se encontram sob gestão do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos”, informa ainda o comunicado.
Como fiéis depositários foram nomeados o Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), para as participações sociais, e o Cofre Geral de Justiça, para os edifícios e redes de hotéis.
Segundo apurou o Correio da Kianda, a apreensão dos referidos imóveis é resultado das investigações que estão a ser feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em colaboração com as autoridades suíças, no âmbito de uma série de casos e negócios que envolvem a seguradora AAA, incluindo os USD 900 milhões bloqueados na Suíça.
Entretanto, nesta segunda-feira, 07, de acordo com um comunicado a qual o Correio da Kianda teve acesso, o empresário Carlos São Vicente, solicitou a sua suspensão imediata das suas funções de administrador não executivo do Standard Bank de Angola
De acordo com o comunicado de imprensa, a solicitação teve como principal objectivo salvaguardar a reputação e imagem do banco.
Caso USD 900 milhões: São Vicente pede suspensão de funções no Standard Bank