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Petro de Luanda volta ao antigo emblema

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O “novo” emblema, que foi altamente contestado por significativo número de adeptos e sócios, era uma birra da antiga PCA da Sonangol, Isabel dos Santos que o impôs, sem consulta prévia, alegando alinhamento com a modernidade e espírito de vitória.

O Petro-Atlético de Luanda voltará a usar nos próximos dias o seu antigo emblema, deixando para trás o que foi adoptado em Julho de 2017 por imposição da antiga Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Isabel dos Santos, soube o Correio Angolense de boa fonte.

A medida foi tomada  durante uma reunião do Conselho Geral do clube, um órgão que congrega antigos presidentes de direcção e presidentes da Mesa da Assembleia Geral. Nesse encontro, dirigido pelo sócio-fundador e presidente do Conselho, Hermínio Escórcio, estiveram igualmente presentes figuras como Joaquim David, António Mangueira, Paulo Gouveia Jr. “Lito” e José Maria Botelho de Vasconcelos, entre outras.

De acordo com a nossa fonte, a medida surgiu pelo facto de o novo símbolo desagradar à maioria dos adeptos, cuja vontade não foi tida em conta, inclusive na assembleia-geral de 8 de Julho de 2017, onde terá sido aprovada a mudança. A nossa fonte acrescenta que os conselheiros entenderam que o novo emblema foi uma imposição de Isabel dos Santos, que presidiu a Sonangol entre Junho de 2016, quando foi nomeada pelo próprio pai, e Novembro de 2017, quando foi exonerado pelo presidente João Lourenço.

Após a mudança do emblema um grupo de sócios e adeptos do clube, em desacordo com a mudança, endereçaram uma petição à direcção liderada por Tomás Faria, exigindo o regresso ao antigo emblema ou a realização de um concurso público para a criação de um emblema que respeitasse a história e génese da agremiação. “Exigimos a manutenção do anterior logotipo ou a criação de um concurso público para a criação de um novo que respeite as tradições tricolores”, lê-se na carta subscrita por centenas de adeptos e intitulada “Petição contra o novo logotipo”.

Na ocasião da mudança o presidente do Petro de Luanda explicou que a mesma “corresponde aos anseios da principal tutelar da agremiação, a empresa Sonangol”, no âmbito da “necessidade de ser dado ao clube uma nova identidade, que mantivesse a torre do simbolismo petrolífero, o triângulo de representação tricolor, adaptação à nova realidade mundial, equilíbrio entre distintos intervenientes, sentido competitivo e vitorias almejadas, bem como maior aproximação da direcção/trabalhadores e adeptos”.

De acordo com a fonte que vimos citando, toda a lenga-lenga sobre o novo emblema era apenas para satisfazer os apetites negociais da “princesa”, que contratou uma empresa portuguesa que cuidava de tudo para o Petro-Atlético. “Até botas ou atadores tinham que ser adquiridos por essa empresa”, conta a fonte que preferiu não ser revelada.

Um especialista em marketing revelou ao Correio Angolense que Isabel dos Santos “transportou” parte de uma das suas marcas para o Petro-Atlético de Luanda, sendo também em parte coincidente com o logótipo da empresa de cafés Angonabeiro.

 

Silva Candembo /Correio Angolense

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