Sociedade
Pescadores resgatados depois de cinco dias à deriva no alto mar sem água e sem comida
Cinco pescadores angolanos, a bordo de uma embarcação “rudimentar” foram ontem resgatados do alto mar pelo navio português Setubal, depois de terem estado cinco dias à deriva, sem comida e sem água.
A informação foi avançada ontem pela agência Lusa, que dá conta de que os cinco homens resgatados pelo navio de patrulha oceânico da Marinha Portuguesa “Setúbal” encontravam-se à deriva, na embarcação de pesca, a 60 milhas do Soyo, provincia do Zaire, há cinco dias sem comida e sem água.
Segundo o comandante Caetano Silveira, responsável pela cooperação portuguesa da área da Marinha em Angola, a embarcação foi avistada na sexta-feira à noite e encontrava-se “sem propulsão”, devido a uma avaria dos motores.
Os pescadores tinham saído de Luanda há mais de uma semana e encontravam-se à deriva há cinco dias e já sem comida nem água.
“Foi encontrado por acaso”, afirmou o responsável da Marinha, acrescentando que o barco não tinha meios para pedir socorro e encontrava-se fora das linhas de navegação habituais, a cerca de 120 quilómetros da costa angolana.
Trata-se de uma embarcação de pesca “muito rudimentar” e em “mau estado” com cerca de seis metros, explicou.
O navio da Marinha Portuguesa permaneceu junto ao barco durante toda a noite e reavaliou a situação esta manhã, concluindo-se que não era possível fazer a reparação do motor.
“A opção era procurar alternativas que fossem lá rebocar”, o que não aconteceu, e foi feito pelo “Setúbal”, depois de o Comando Naval ter autorizado o reboque.
Segundo Caetano Silveira, foi solicitado à capitania do Porto do Soyo “que crie condições para finalizar a operação de reboque”, que começou pelas 11h30 de ontem e que durou cerca de locais dez horas.