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“Pesca é o maior inimigo dos cabos submarinos”

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A actividade de pesca na costa marítima constitui o principal inimigo dos cabos submarinos que mantém as comunicações do mundo, por conta das redes das embarcações que fazem o arrastões de peixe, muitas vezes, arrastando os cabos.

Foi com base na mitigação dos riscos de rotura dos cabos, que os técnicos da Angola Cable, trabalharam nesta terça-feira, 21, na praia de Sangano, em Cabo Ledo, em acções de sensibilização da comunidade local, no sentido de consciencializá-los dos riscos.

O engenheiro de telecomunicações da enpresa, João Massuquinina, referiu que a actividade de pesca constitui um risco duplo. Primeiro é o risco humano, visto que além do sinal de fibra óptica, os cabos também transportam corrente eléctrica, de até 14 volts.

Outro risco, acrescentou, é o de danificação dos próprios cabos, o que pode cortar o sinal de telefonia, televisão e de Internet a nível mundial.

O pescador Janito Júlio Tomás (Juca), residente no Sangano há mais de 30 anos, disse que frequentemente, durante a pesca, as redes encalham nos cabos, e não têm sabido resolver a situação.

Sobre este assunto, João Massuquinina, reconheceu o problema, tendo dito, que, em algumas vezes, chamam os técnicos de manutenção para a retirada, mas que o número de redes de pescas estendidas tem sido grande, e tem havido dificuldades de mobilizá-los a retirar voluntariamente demais redes para permitir a libertação das outras redes presas nos cabos.

Entretanto, aconselhou os pescadores a não insistirem sempre que se depararem com a rede presa no cabo, contactando, de imediato as autoridades.

Aquele responsável mostrou-se ainda preocupado com as embarcações que não usam o GPS que permitiria a sua localização e monitorização em tempo real, a partir da Estação de Sangano.

O responsável da comissão de moradores do Sangano, André Narciso Belmiro, inquiriu a ausência das boias de sinalização, ao que João Massuquinina, explicou que já está para breve a reposição das boias, pois as anteriores já haviam vencido o prazo de vida útil.

Referiu que a partir de Junho próximo, as boias já estarão repostas, pois neste momento estão a chegar ao país, as mercadorias importadas de outros países.

Radio Correio Kianda




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