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Pena de prisão para ‘fake news’ sobre coronavírus na África do Sul
O governo da África do Sul promulgou ontem uma lei que prevê pena de prisão até seis meses para qualquer cidadão que divulgue falsas notícias sobre o novo coronavírus.
A África do sul contabiliza 150 pessoas infetadas pelo Covid-19, sendo o país mais atingido na África subsaariana, tendo aumentado cerca de um terço deste número nas últimas 24 horas.
O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa declarou, no passado domingo, o estado de emergência nacional, tendo encerrado os estabelecimentos escolares durante três semanas e proibiu a entrada de cidadãos oriundos dos países mais afetados pelo coronavírus.
Por este motivo uma série de leis foi promulgada no Jornal Oficial [equivalente ao Diário da República português] na tentativa de impedir a propagação da pandemia.
“As pessoas que publiquem declarações, independentemente do meio e compreendendo as redes sociais, com a intenção de enganar outrem em relação ao Covid-19 tornar-se-á culpado de um delito e é passível de uma coima, de uma pena de prisão até seis meses ou ambas”, pode ler-se num dos artigos.
O ministro da saúde Zweli Mkhize afirmou hoje que a pandemia está a progredir rapidamente. A nível planetário esta pandemia infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram. Até ao momento nenhuma morte foi registada na África do Sul.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 177 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a tornar-se hoje o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 3.405 mortos em 41.035 casos.
A Espanha regista 767 mortes (17.147 casos) e a França 264 mortes (9.134 casos).
A China, por sua vez, anunciou hoje não ter registado novas infeções locais nas últimas 24 horas, o que acontece pela primeira vez desde o início da pandemia. No entanto registou 34 novos casos importados.
No total, desde o início do surto, em dezembro passado, as autoridades da China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizaram 80.894 infeções diagnosticadas, incluindo 69.614 casos que já recuperaram, enquanto o total de mortos se fixou nos 3.237.
Destaque também para o Irão, com 1.284 mortes em 18.407 casos.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.