África
Pelo menos 80 mil civis procuraram asilo no Sudão do Sul em três semanas
Pelo menos 80 mil civis procuraram asilo no Sudão do Sul, no espaço de três semanas, devido à escalada do conflito em estados do sudeste do vizinho Sudão, comunicou esta sexta-feira, 20, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
O número de chegadas ao Sudão do Sul “está a sobrecarregar os serviços fronteiriços e o financiamento à ajuda humanitária continua insuficiente”, indicou o ACNUR.
“Em menos de três semanas, mais de 80.000 pessoas procuraram segurança no Sudão do Sul na sequência da escalada dos combates nos estados sudaneses do Nilo Branco, Sennar e Nilo Azul”, indicou o ACNUR, que frisou que este número de refugiados triplicou em comparação às semanas anteriores.
A maioria são mulheres e crianças com necessidades críticas, que “chegam principalmente através de pontos de passagem fronteiriços remotos e de difícil acesso e se instalam em pequenas aldeias fronteiriças”, informou.
Segundo o responsável, “os que fogem da mais recente vaga de violência no Sudão não são apenas sudaneses, mas também refugiados do Sudão do Sul que viviam anteriormente no estado sudanês do Nilo Branco, que se encontrava relativamente seguro desde o início do conflito”, explicou.
“Os refugiados e os sul-sudaneses que regressaram estão a viver em abrigos improvisados e alguns estão a abrigar-se debaixo de árvores”, lamentou.
No entanto, apesar das condições desumanas que enfrentaram, muitos dizem esperar que a situação acalme para que possam regressar a casa.