Politica
PCA da TCUL exonerado por má gestão
Reportagem: António Sacuvaia
O ministro da Economia e Planeamento, Pedro Luís Fonseca, nomeou nesta segunda-feira (dia 27), cinco novos membros para o Conselho de Administração da empresa de Transportes Colectivos e Urbanos de Luanda (TCUL), em conformidade com os poderes delegados pelo Presidente da Republica, nos termos da constituição.
De acordo com uma nota do Ministério da Economia e Planeamento, chegada hoje a nossa redacção, Abel António Cosme é o novo presidente do referido conselho, substituindo no cargo Freitas Neto.
Integram igualmente o novo Conselho de Administração da Transportadora Colectiva Urbana de Luanda, Énio Renato de Magalhães Costa, nomeado para Área Técnica, Pedro Pereira (Área Financeira), assim como Hermínia Sebastião Mateus Mac Mahon e Avelino Dala, ambos administradores não executivos.
Entretanto, esta nomeação acontece numa altura em que mais de mil e 900 trabalhadores da TCUL ameaçaram entrar em greve, nesta segunda-feira, alegadamente por não receberem salários há dois meses, nem subsídios de alimentação, há quase dois anos.
Em entrevista ao Correio da Kianda, Eduardo Epalanga lider da Comissão Sindical da TCUL, Freitas Neto foi exonerado por ter sido o principal causador da situação menos boa que a empresa de transportes públicos enfrenta até actualmente. Epalanga revela ainda que a suspensão temporária da greve deve-se ao facto de terem recebido garantias do Ministro dos Transportes Augusto Tomás de resolver as reivindicações dos trabalhadores e melhorar as condições de trabalho.
Entre as principais causas da greve, estão os sucessivos atrasos salariais, a má organização interna da empresa e as pessimas condições de trabalho.
“Os funcionários da TCUL Trabalham três meses e recebem salário de apenas um, e isto não é de agora, há quatro anos que vivemos assim, a par de perseguições selectivas aos líderes sindicais, despedimentos sem justa causa, e arrogância, muita arrogância”.