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“Paz não pode ser reduzida ao calar das armas”, considera politólogo

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O Bloco Democrático entende que a paz que o país vive não é aquela que os angolanos esperavam, por alegadamente “assistir ausência de reconciliação nacional e o aprofundar da democracia”.

A afirmação é do Secretário Geral dos bloquistas, Mwata Sebastião, embora reconheça que “a paz permite hoje a circulação de pessoas e bens”.

O político entende que “as armas calaram-se em 2002, mas a guerra hoje é socioeconómica, agudizada com a falta de estradas que poderiam permitir escoar os produtos do campo para os centros comerciais”.

No Huambo, os jovens académicos mostram-se divididos. O politólogo Bento Chiambo aponta que “a paz não pode ser reduzida ao calar das armas, mas, deve ter reflexo na vida do cidadão, através do bem-estar, o que considera questionável”.

O académico disse que em termos de infra-estruturas a província do Huambo registou crescimento, mas, “defende investimento no homem, e mais diálogo entre governante e governados”.

Já, João Kalupeteca, membro do secretariado provincial do MPLA, diz que “basta fazer uma retrospectiva para concluir que há muitos factores que revelam o crescimento em vários sectores na região planáltica do Huambo, como na educação, saúde, apesar das dificuldades que a população enfrenta, fruto da conjuntura internacional”.

Kalupeteka diz que apesar das conquistas enumeradas, não leva o governo a cruzar os braços: “as atenções devem estar viradas para reabilitação de estradas para permitir escoar os produtos do campo”.

Entretanto, o coordenador do projecto político Movimento Para Mudança (MPM), Ekundy Chissolukombe, disse que “o país regista vários atropelos no capítulo dos direitos humanos por falta de acção e consistência da oposição”.

Por seu turno, o representante do Conselho Nacional da Juventude, Miguel Américo Chissingui, destacou durante a sua intervenção os ganhos alcançados pela juventude durante os 22 anos de paz e acredita que “ainda há um desafio grande para conquista dos anseios que esta franja deseja para o país”.

De recordar que Angola assinala na próxima quinta-feira, 04, 22 anos de paz alcançada em 2002.

Jornalista multimédia com quase 15 anos de carreira, como repórter, locutor e editor, tratando matérias de índole socioeconómico, cultural e político é o único jornalista angolano eleito entre os 100 “Heróis da Informação” do mundo, pela organização Repórteres Sem Fronteira. Licenciado em Direito, na especialidade Jurídico-Forense, foi ainda editor-chefe e Director Geral da Rádio Despertar.

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