Paulo de Almeida e o regresso ao passado

O comandante geral da Polícia Paulo de Almeida, em declarações hoje a rádio Nacional de Angola, disse que há grupos de pressão, que pretendem desestabilizar o país, e que apenas estão a inviabilizar o bom desempenho das políticas do presidente João Lourenço.

Não pode uma alta autoridade do Estado, fazer afirmações públicas, que apenas criam intimidações, e não apresenta as soluções do suposto problema, e tão pouco responsabiliza tais grupos de pressão que por sinal considera a sua existência com a vontade de protagonizarem distúrbios.

Se até já colocou o problema numa lógica de informação pública, só poderia utilizar os mecanismos de contenção aos factos que para autoridade policial parecem existir.

Sr Presidente João Lourenço, algumas coisas foram assim no passado, houve a estratégia de se criar pânico e os órgãos de defesa e segurança fizeram nascer uma imagem negativa ao estado, instalou- se o medo social, e não bastou surgiram as repressões que fizeram ser o principal inimigo da cidadania.

É preciso o poder político estudar e compreender as motivações da juventude, é claro que existem problemas que podem ser transversais, só é preciso ao invés da ” bufaria ” e da bajulação, fazer acontecer um serviço de melhor alcanse, ou compreensão dos fenômenos do novo contexto político.