Sociedade
Pastores brasileiros acusados de contratar assassinos de aluguer para perseguirem pastores angolanos
A Comissão de Reforma de pastores da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola, em comunicado de imprensa divulgado nesta segunda-feira, 20, a qual o Correio da Kianda teve acesso, deu a conhecer que pastores brasileiros, liderados pelo pastor Fernando Teixeira, teriam contratado 40 homens fortemente armados para perseguirem os pastores angolanos e os seus respectivos familiares.
Na nota, os reformistas da IURD informam que a contratação dos supostos meliantes custou nada mais nada menos que Kz 500 mil para cada indivíduo, que actuam nas madrugadas, nos templos e residências dos pastores angolanos.
“Contrariamente as infundadas mentiras do bispo Gonçalves, na madrugada de 24 de Junho, ao seu mando, 40 indivíduos fortemente armados, contratados pelo pastor Fernando Teixeira, pagos com dinheiro de sacrifício dos fiéis concretamente Kz 500 mil por cada meliante, dirigiram-se aos templos e residências dos pastores angolanos, para atentarem contra as suas vidas e das suas famílias”, denuncia o comunicado
A Comissão de Reforma no documento dá a conhecer que a tentativa de perseguição aos pastores angolanos foi frustrada depois que cincos supostos marginais foram detidos pela Polícia Nacional e confessado a tentativa do crime.
“Os referidos marginais “grandes Caenches” pertencem a um grupo cujo responsável é alguém com nome de Cacele, conforme a confissão dos cincos detidos”. Os mesmos confessaram às autoridades que foram contratados pelos pastores brasileiros e que quem liderava o grupo é um pastor de nacionalidade brasileira com nome de Douglas Oliveira, e que sempre fazia-se transportar pelas viaturas identificadas da Record TV Angola.
Os “ministros de Deus” negam todas as acusações postas a circular nos órgãos de comunicação social pelos seus companheiros de fé de nacionalidade angolana.
“Após os referidos acontecimentos, surpreendentemente, o bispo Honorilton Gonçalves, começou uma campanha de desinformação e disseminação de mentiras, fazendo crer, que os ex-bispos e ex-pastores foram os protagonistas dos referidos actos de vandalismo e invasão em locais de cultos, usando as redes sociais, medias (TV Zimbo, Rádio LAC, FÉ TV e Record TV Angola), num claro conflito de interesses”, alegam.
Os pastores dizem que “não se tratou de invasão aos templos, não houve vandalismo, nem muito menos actos de xenofobia e de violência, por parte dos ex-bispos e ex-obreiros como fazem crer. Segundo eles, o que aconteceu é simplesmente a exigência de passarem assumir a gestão dos templos pelos pastores e obreiros nacionais, em pleno exercício das suas funções eclesiásticas, na aludida instituição religiosa”.
Os reformistas apelam aos membros, pastores, bispos, obreiros da IURD e a sociedade em geral a calma e o espírito de irmandade. Lembrando que as acções da Comissão de Reforma tem observado a lei e a dignidade da pessoa humana, em respeito aos princípios da fé os padrões morais e cívicos da nossa cultura.
De recordar que no passado dias 23 e 24 de Junho, os pastores angolanos da IURD, tomaram de assalto alguns templos e locais nas 18 províncias do país, alegando racismo, arrogância, abuso de poder e quebra de confiança aos pastores brasileiros.