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Sociedade

Passageiros retidos em Cabinda dizem-se abandonados e com risco de perder seus empregos

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Os vários passageiros que se encontram retidos em Cabinda, em função da paralisação dos Catamarãs, nas viagens para Luanda e Soyo, há uma semana, dizem-se abandonados a sua própria sorte e com risco de perder os respectivos empregos nas províncias de destino.

Os passageiros afirmam que todos os dias se deslocam à Capitania do Porto de Cabinda, com os respectivos bilhetes comprados há uma semana, na esperança de embarcar e seguir viagem, mas que não acontece.

Denunciaram que na sequência das reclamações, as autoridades acionaram à Polícia que apareceu com viatura de patrulha para a recolha dos reclamantes, acusados de estarem a protagonizar actos de vandalismo.

“Não fizemos nada… só veio aqui buee de carros da Polícia com pistolas a querer nos levar”, disse uma das cidadãs que pretende regressar ao Soyo, província do Zaire.

A cidadã disse ainda estar a correr risco de perder o seu emprego e os filhos a perder as aulas, por isso exige a devolução do dinheiro das passagens ou que lhes seja prestada alguma informação.

Em função desta situação, muitos são os cidadãos em Cabinda que optarem em seguir viagem através de embarcações artesanais para a província do Zaire.

Ao tomar conhecimento, as autoridades proibiram as viagens por embarcações artesanais, por constituir risco aos passageiros.

Por sua vez, o Secretário de Estado dos Transportes Terrestres, Jorge Bengue, disse que os passageiros já estão a receber apoio e que dentro de três dias serão retomadas as viagens.

O governante disse que os Catamarãs estão a ser reparados, depois de se constatar avarias.

“Houve uma situação natural do encalhamento da embarcação, uma das hélices teve problemas quando fazia manobras no cais do Porto do Cais de Cabinda e foi na sequência de ter embutido nas areias numa altura em que a maré estava alta e que causou então a danificação de uma das hélices”, explicou.

Jorge Bengue referiu que no município do Soyo estão também 70 passageiros impossibilitados de seguir viagem para Cabinda em função da avaria.

“A empresa Cecil Marítima foi orientada a prestar todo o apoio necessário a estes passageiros, temos também por parte da Administração do Soyo esta solidariedade que em conjunto com a Cecil Marítima acolheram estes passageiros”, disse, garantindo que a embarcação está a ser reparada no Soyo.

Radio Correio Kianda

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