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Passageiro tenta entrar no cockpit de avião para carregar telefone
Um passageiro da bordo de um avião da IndiGo foi retirado do voo com destino a Calcutá, na Índia, depois de ter tentado entrar no cockpit para carregar o telefone. O homem, que alguns media indianos avançaram estar embriagado, foi detido, por ter violado as normas de segurança, e posteriormente libertado.
“Enquanto um avião da IndiGo estava no solo, um passageiro indisciplinado tentou entrar no cockpit porque queria carregar o telemóvel”, dizia o comunicado da companhia aérea, citado pelo The Guardian.
Este é o segundo incidente esta semana com passageiros da Índia. Na segunda-feira, um homem que ia a bordo de um avião que partira de Deli com destino a Patna, foi apanhado a tentar abrir a porta traseira do avião em pleno voo. Um outro fez soar o alarme e acabou por ser entregue pela tripulação à polícia quando o avião chegou ao destino.
A queda no preço dos bilhetes aéreas e o aumento dos salários na Índia levaram a um boom nos voos domésticos, refere o jornal. Mais de 91,3 milhões de passagens domésticas foram emitidas este ano (até agosto), o que representa um aumento de mais de 21% em relação a período homólogo.
Apesar de representar um sinal de que a economia indiana está a florescer, as operadoras têm-se queixado dos novos desafios que enfrentam, sobretudo com passageiros de “primeira viagem”.
A Air Asia India disse estar a preparar um vídeo explicativo para os novos clientes, explicando aspetos essenciais das viagens aéreas, desde a necessidade de chegar a tempo até instruções simples de como usar o WC a bordo.
Bofetadas entre pilotos e assédio sexual
Na semana passada, mais de 30 passageiros foram hospitalizados depois de sofrerem hemorragias nasais, dores de cabeça e dores de ouvido: a tripulação de um voo que partira de Jaipur esquecera-se de pressurizara cabine.
No início deste ano, a Jet Airways suspendeu dois pilotos por cinco anos depois de um deles ter agredido a sua copiloto durante um voo para Mumbai. Ela terá abandonado o cockpit e o piloto foi atrás, deixando o avião em piloto automático.
No entanto, o problema não são apenas os aspetos práticos. É frequente ler-se na imprensa local indiana queixas dos comissários de bordo sobre o comportamento de passageiros com maior poder de compra, que acreditam que são imunes a consequências. Há relatos de assédio sexual, embora o problema não seja exclusivamente indiano. O FBI revelou, em abril, ter recebido 63 denúncias de agressão sexual a bordo de aviões norte-americanos em 2017.