Politica
Partidos divergem sobre paternidade do 04 de Fevereiro
A paternidade do dia 4 de Fevereiro e o seu impacto histórico continua a dividir a classe académica e política do país.
O assunto esteve em análise numa iniciativa do “Projecto Debate na Comunidade”. Na ocasião, a representante da AMA, braço feminino da FNLA, Maria António, reconheceu que o seu partido fez pouco para fazer valer a luta empreendida pelo partido fundado por Hólden Roberto.
Maria disse que “perdemos o impacto da data por não ter sido reivindicada com veemência, naquela altura”.
Por seu turno, o membro do Comité Central do MPLA, Celso Malavoloneke, é de opinião que “a história deve ser contada pelos historiadores”.
Já o político da UNITA, Adriano Sapiñala, é de opinião que a “história de Angola ainda não foi escrita, por essa razão o partido que sustenta o governo se apropriou do 04 de Fevereiro que é um feito da FNLA”.
O líder da Casa-CE, Manuel Fernandes, defende “um novo processo da construção da história real de Angola, a ser escrita por historiadores e, não pelos partidos políticos”.
O país assinala nesta quinta-feira, 04, 63 anos depois do início da resistência ao regime colonial-fascista português, que culminou com a proclamação da Independência Nacional, a 11 de Novembro de 1975.
Um grupo de homens e mulheres dos subúrbios e da zona urbana, coordenados por Paiva Domingos da Silva, Imperial Santana, Virgílio Sotto Mayor e Neves Bendinha, munidos de paus, catanas e outras armas brancas atacou a casa de reclusão e a cadeia de São Paulo, em Luanda, na madrugada de 4 de Fevereiro de 1961, para libertar presos políticos ameaçados de morte.