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Eleições 2022

Partidos da oposição questionam isenção dos observadores eleitorais internacionais

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Os partidos concorrentes às eleições de 24 de Agosto consideram insuficiente o número de observadores estrangeiros convidados pelas autoridades angolanas,e suspeitam da possibilidade destes virem a ser imparciais no quinto pleito da história democrática do país.

Falando à Voz da América, Benedito Daniel, líder do Partido de Renovação Social (PRS), diz que as suspeitas de parcialidade reside no facto de “muitos convidados serem membros de partidos amigos do MPLA, partido no poder em Angola”

“São convites de compadrio e não se pode esperar nada deles. Não sei que União Europeia se convidou”, pergunta Benedito Daniel, quem lamenta o facto de o seu partido não ter sido autorizado a convidar observadores, por força do alegado princípio de proporcionalidade.

Por seu lado, o secretário nacional para os Assuntos Eleitorais da UNITA, Faustino Mumbika, considera bem-vinda a observação internacional, mas entende que o seu número reduzido “reforça a ideia de que a sua actuação não terá o melhor impacto sobre o proceso”.

Mumbika também diz que “foi notória a resitência da CNE ao convite de um maior número de observadores privilegiando partidos com relações históricas com partido que governa”.

A UNITA, segundo aquele dirigente, convidou para observação eleitoral membros de partidos congéneres ligados à Internacional Democrática do Centro, organização que integra perto de 100 partidos membros, incluindo o Partido Democrata americano.

Para o líder da CASA-CE, Manuel Fernandes, o número de observadores devia ser o dobro do previsto , mas diz esperar que aos que forem autorizados a observar “sejam dados todos os meios necessários e a oportunidade para melhor aferirem o andamento do nosso processo eleitoral”.

Mumbika também diz que “foi notória a resitência da CNE ao convite de um maior número de observadores privilegiando partidos com relações históricas com partido que governa”.

A UNITA, segundo aquele dirigente, convidou para observação eleitoral membros de partidos congéneres ligados à Internacional Democrática do Centro, organização que integra perto de 100 partidos membros, incluindo o Partido Democrata americano.

Para o líder da CASA-CE, Manuel Fernandes, o número de observadores devia ser o dobro do previsto , mas diz esperar que aos que forem autorizados a observar “sejam dados todos os meios necessários e a oportunidade para melhor aferirem o andamento do nosso processo eleitoral”.

A Assembleia Nacional vai contar com 50 observadores internacionais para acompanhar o pleito eleitoral de 24 de Agosto, divididos por vários países, com destaque para os Estados-membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), CPLP e da Organização dos Estados Americanos.

Por sua vez, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) anunciou recemente que, para além da UE e a CPLP, iria convidar o Centro Carter (Carter Center, em inglês), organização do antigo Presidente Jimmy Carter, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), o Fórum das Comissões Eleitorais dos Países da SADC e a Conferência das Jurisdições Africanas.

O seu porta-voz , Lucas Quilundo, disse, recentemente que o órgão eleitoral já havia endereçado convites que contemplam para acima de 1.900 observadores, entre nacionais e estrangeiros.

Entretanto , uma fonte da embaixada americana em Luanda, informou à VOA que a instituição “está a encentar contactos” com a CNE para se definir o nível de participação na observação eleitoral em Angola.