Politica
Parlamento chumba pretensão da UNITA de agendar debate sobre ataque a caravana do partido no Huambo
A Assembleia Nacional chumbou esta quinta-feira, 19, o requerimento do Grupo Parlamentar da UNITA, solicitando um debate sobre o ataque de uma delegação do seu grupo de deputados, foi vítima, a 11 de Junho deste ano, no município da Galanga, na província do Huambo.
O incidente terá marcado uma nova escalada da tensão política na região, onde uma semana antes, o deputado Apolo Yakuvela, secretário provincial do Galo Negro no Huambo, foi igualemente vítima.
A UNITA atribui estes incidentes ao MPLA.
Em declarações à imprensa, o deputado Milonga Bernardo afirmou que “o Grupo Parlamentar do MPLA votou contra pelo facto de agora caber apenas aos órgãos de soberania competentes apurar os factos e determinar se houve ou não intolerância política”.
O MPLA, sublinhou o deputado, manifesta a sua solidariedade a todas as vítimas de violência no país, mas defendeu que a Assembleia Nacional não deve formar opiniões antecipadas sobre processos que ainda se encontram em fase de instrução.
Quanto às acusações feitas pela UNITA, o MPLA reagiu afirmando que o principal partido na oposição “está a agir sem sentido de Estado e faz acusações gratuitas”.
O cientista político Eurico Gonçalves disse que com este chumbo, o Parlamento demonstra na prática o carácter de independência e harmonia nas relações formais entre os órgãos de soberania, o que traduz uma não interferência nas acções de outros órgãos como a Justiça e o Executivo.
A proposta da UNITA visiva uma condenação formal e manifestação de solidariedade da Assembleia Nacional relativamente aos eventos no Huambo, que o partido considera motivados por intolerância política.