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Parlamento aprova relatório que aponta “falhas graves” no controlo aéreo de Portugal

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A comissão parlamentar de Economia de Portugal aprovou, hoje, quarta-feira, 04, as audições da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), NAV, ANA e Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários, sobre relatório que apontou “falhas graves” no controlo aéreo de Portugal.

Em causa, escreve a Lusa, estão os requerimentos dos partidos PSD e Chega para audição da ANAC, da NAV Portugal, da ANA Aeroportos e do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF), sobre o relatório citado anteriormente.

A comissão parlamentar de Economia portuguesa aprovou ainda um requerimento do partido PCP para audição da administração e da Comissão de Trabalhadores da NAV, para uma “avaliação global da resposta operacional da NAV e da suficiência dos meios colocados à sua disposição para o desempenho da sua missão”.

“O organismo que investiga acidentes aéreos detectou falhas graves no controlo de tráfego aéreo nos aeroportos do Porto e de Ponta Delgada, que autorizaram descolagens e aterragens quando ainda se encontravam viaturas a realizar inspecção ou manutenção da pista”, diz a agência.

O relatório denuncia ainda que os investigadores identificaram “deficiências ao nível da gestão do pessoal e dos turnos de trabalho, que criaram condições organizacionais latentes contribuintes para os eventos”.

Ficou concluído ainda que houve a “prática sistémica” de manipulação dos registos das presenças de controladores na torre dos dois aeroportos, assim como “arranjos de conveniência para os envolvidos”, incluindo “supervisores e chefe de torre” de controlo.

TAAG já havia denunciado falhas

De recordar que no último dia 22 de Dezembro, a TAAG emitiu um comunicado a responsabilizar o Aeroporto de Lisboa pelo sobreaquecimento do interior e blackout de iluminação que ocorreu no voo operado pela companhia portuguesa HiFly, a serviço da companhia de bandeira angolana, com o Airbus A340-300.

“A causa-raiz desta situação está ligada a uma avaria dos sistemas de desembarque do aeroporto de Lisboa, que estava inoperante e incapaz de assegurar a alimentação de energia da aeronave, posicionada para o procedimento de desembarque e com os pilotos instruídos a desactivarem motores e unidade de potência auxiliar”, diz o comunicado em resposta aos vídeos e imagens postas a circular nas redes sociais sobre o incidente.

De acordo com a TAAG, foi necessário solicitar a intervenção da ANA para trabalhos de reparação, período no qual se registou sobreaquecimento da cabine devido a falta de energia

“Apenas após a realização dos trabalhos de manutenção é que foi possível o desembarque de passageiros”, explicou, num comunicado que à época não foi devidamente credibilizado, mas que agora, com o reconhecimento de falhas graves no controlo aéreo português, mostra-se verídico.

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