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Para diretora do FMI, é cedo para avaliar impacto econômico do coronavírus
Ainda é muito cedo para avaliar o impacto econômico do surto do novo coronavírus na economia da China, disse nesta quinta-feira (30) a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.
O surto do novo coronavírus deixou quase 8.000 pessoas infectadas na China, onde o número total de mortos já é de 212 – com um recorde de 42 óbitos nesta quinta-feira – o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma emergência internacional.
A rápida disseminação da doença levou ao fechamento de empresas e fábricas, enquanto companhias aéreas de todo o mundo cancelaram voos, levantando preocupações sobre o impacto na economia da China e no resto do mundo.
“Seria irresponsável oferecer qualquer especulação sobre o que poderia acontecer”, disse Georgieva em um fórum.
A diretora-gerente do FMI citou a experiência da epidemia de Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em 2002-2003, que desacelerou o crescimento no curto prazo, mas logo a economia se recuperou.
No entanto, essa epidemia ocorreu em um momento em que a economia chinesa estava crescendo. O surto atual ocorre quando as autoridades enfrentam uma desaceleração no meio de uma guerra comercial com os Estados Unidos.
“O impacto imediato é óbvio. Existem aqueles em viagens, turismo e indústria na China” e em outras áreas da Ásia, disse Georgieva, acrescentando que é provável que haja algum impacto negativo neste trimestre.
Mas, além disso, “só observamos e avaliamos”, acrescentou.
Georgieva disse que o surto destaca a imprevisibilidade que virou norma no mundo.
Nesse sentido, destacou “a preparação, a prevenção, a ação antecipada têm que estar na corrente sanguínea dos encarregados de formular políticas, quer seja evitando pandemias, catástrofes climáticas ou tensões geopolíticas”.
AFP