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Papel de Angola no calar das armas na RDC elogiado no Conselho de Segurança da ONU

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O Conselho de Segurança das Nações Unidas enalteceu, esta semana, o papel de Angola no calar das armas no Leste da República Democrática do Congo.

No evento, a representante especial do secretário-geral no país, Bintou Keita, falou de uma “redução considerável de combates” entre os envolvidos, referiu-se dos esforços para abordar a insegurança no leste congolês e aliviar as tensões regionais.

A também chefe da Missão das Nações Unidas na RDC, MONUSCO, disse que o ambiente vivido no terreno segue o anúncio de cessar-fogo assinado em 30 de Julho, por ministros de Negócios Estrangeiros do país e do Ruanda sob a mediação de Angola.

Sobre o assunto, o cientista político Eurico Gonçalves pensa que a posição do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em relação a boa mediação no conflito no leste da RDC, visa assegurar o seu objectivo que é a manutenção da paz e segurança internacional.

“Penso que a posição do Conselho de Segurança das Nações Unidas com relação à boa mediação da República da Angola no conflito da RDC visa assegurar de maneira pronta e eficaz a acção da sua principal responsabilidade, refiro-me aqui à principal responsabilidade do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que é a manutenção da paz e da segurança internacionais, incluindo, naturalmente, o fim desta guerra de desgaste que a RDC tem vivido há bastante tempo, com sofrimentos indizíveis ao povo da RDC e também às infra-estruturas deste país. Em segundo lugar, este é um reconhecimento deveras justo e de justiça, porque a República de Angola tem sido um mediador capaz de fazer intervenção pacífica no conflito da RDC, pela sugestão de uma solução às partes litigantes, refiro-me aqui, então, à solução pacífica. Em terceiro lugar, temos registado progressos, porque a RDC e o Ruanda têm estabelecido diálogo franco, objectivando o alcance da paz, com a inclusão das forças antagônicas, como o M23, entre outras”, defende e concluiu:

“Em quarto lugar, quanto ao pedido de um acordo definitivo entre a RDC e o Ruanda, este é o caminho para boa administração do conflito, ou seja, a resposta deste conflito é a paz, somente a paz”. 

O académico atesta que a mediação de Angola no conflito no entre a RDC e o Ruanda tem registado progresso, tendo em conta o contributo de outros entes, como a União Africana e, o próprio Conselho de Segurança das Nações Unidas.

“Para além do Conselho de Segurança das Nações Unidas, outras entidades são encorajadas a intervir, nomeadamente a União Africana, a União Europeia, as potências ocidentais e do Oriente, no sentido de continuarem a exercer influência prática para a consagração de um acordo de paz entre a RDC e o Ruanda e, desta forma, viabilizar as condições práticas para a inclusão das outras partes que fazem ligação a este conflito. Dito isto, esperamos que este esforço que está a ser feito pela mediação angolana com a colaboração de outros autores, possam, na verdade, consagrar em paz definitiva para a RDC e que, com a paz, o povo da RDC possa conhecer a tão almejada prosperidade, estabilidade e bem-estar”, considerou.

Jornalista multimédia com quase 15 anos de carreira, como repórter, locutor e editor, tratando matérias de índole socioeconómico, cultural e político é o único jornalista angolano eleito entre os 100 “Heróis da Informação” do mundo, pela organização Repórteres Sem Fronteira. Licenciado em Direito, na especialidade Jurídico-Forense, foi ainda editor-chefe e Director Geral da Rádio Despertar.




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