Economia
País gastou USD mil milhões com importação de combustíveis em 2023
Mais de 1,17 mil milhões de dólares americanos foram gastos no quarto trimestre de 2023, na importação de mais de metade de derivados de petróleo consumidos no país. Os dados constam do relatório de balanço do Instituto de Derivados de Petróleo, relativo às actividades comerciais no ano transacto.
Durante o 4.º trimestre de 2023, foram adquiridas para comercialização cerca de 1.553.386 TM, das quais, cerca de 65,5% corresponde ao Gasóleo, 22,8% a Gasolina, 6,7% ao Fuel Ordoil, 4,0% ao Jet A1, 0,4% ao Petróleo Iluminante e o restante 0,6% ao Betume Asfáltico.
Quanto a origem das referidas aquisições dos combustíveis líquidos, 21,0% foram provenientes da Refinaria de Luanda, 0,3% da CABGOC – Topping de Cabinda e 78,7% da Importação, com a qual foi gasto cerca de 1,17 mil milhões de dólares americanos.
Essas quantidades adquiridas no período em referência, de acordo com o relatório, representaram um aumento de aproximadamente 56% em relação ao trimestre anterior.
O país contou com uma capacidade instalada de armazenagem de combustíveis líquidos, em terra, de 675.968 m3.
Em termos de abastacimento de combustíveis, o relatório dá conta da existência, à data, de 1. 162 Postos de Abastecimento, dos quais 912 em estado operacional.
Na estratificação por empresas, 330 são da Sonangol Distribuição e Comercialização (36,2%), 80 da Pumangol (8,8%), 62 da Sonangalp (6,8%), 51 da TEMA – Total Energies Marketing Angola (5,6%), 02 Da Etu Energias (0,2%) e 387 De Bandeira Branca – Agentes Privados (42,4%).
O volume de vendas globais dos vários segmentos de negócio, à retalho (B2C), consumo (B2B) e bunkering no período em referência foi de aproximadamente 1. 262. 926 TM, registando um acréscimo de cerca de 7,8% em relação ao trimestre anterior.
Em termos de quota de mercado em volume de vendas, a Sonangol Distribuição e Comercialização mantém a liderança com 65%, seguida da Pumangol com 20%, a Sonangalp com 8% e a Total Energies Marketing Angola com Combustíveis gasosos (GPL-Gás de Petróleo liquefeito).
No período em análise, foram introduzidas no mercado interno cerca de 99.192 TM de gás de cozinha (GPL), das quais, 77,7% provenientes da Fábrica Angola LNG, 12,7% do Sanha, 6,8% da Refinaria de Luanda e 2,8% do Topping de Cabinda.
Quando comparados ao trimestre anterior, o registo dá conta de um decréscimo de aproximadamente 36% na aquisição de GPL para o mercado interno.
Neste segmento, o país contou com uma capacidade instalada de armazenagem, em terra, de 11.727 TM.
Relativamente as vendas, o registo é de um total de 123. 593 TM, o que representou um ligeiro acréscimo de 0,3% em relação ao trimestre anterior.
Neste segmento a Sonangol Gás e Energias Renováveis liderou as vendas do mercado com uma quota de 75,2%, seguida pela Saigás com 12,4%, a Progás com 6,3%, a Gastém com 4,7% e a Canhongo Gás com 1,4%.
As províncias que mais consumiram o GPL, foram Luanda (59,3%), Benguela (9,7%), Huíla (6,1%), Huambo (4,6%) e Cabinda (3,3%), representando as cinco, aproximadamente 83% do consumo nacional.