Saúde
Pacientes suspeitos de mpox recebem alta médica no Uíge
As oito pessoas que tiveram contacto com o primeiro caso positivo de mpox (varíola do macaco), na localidade de Maquela do Zombo, receberam alta epidemiológica, após o cumprimento dos 21 dias de isolamento, informou esta sexta feira, 20, a Directora do Gabinete Provincial da Saúde do Uíge.
Kavenaweteko Malavo, deu a conhecer, que a primeira pessoa infectada foi um militar, afecto a 42ª Brigada das Forças Armadas Angolanas (FAA), que durante uma missão de serviço na orla fronteiriça com a República Democrática do Congo, teve contacto com um doente.
O mesmo, disse a responsável, foi tido como suspeito desde Novembro deste ano, por apresentar sintomas da doença, e foi logo submetido aos cuidados médicos pelas autoridades sanitárias locais.
A Directora do Gabinete Provincial da Saúde do Uíge, assegurou que o paciente tem o estado clínico a evoluir de forma satisfatória, e pode receber alta hospitalar a qualquer momento, e que as oito pessoas com sinais da doença, são colegas do paciente, com os quais, o mesmo cumpriu a missão de serviço.
“Os oito já receberam alta epidemiológica, por apresentarem um bom estado de saúde, sem desenvolvimento de nenhuma sintomatologia suspeita”, informou, e referiu que o segundo caso suspeito, registado no município, no princípio do mês de Dezembro, não tem qualquer vínculo epidemiológico com o primeiro.
Kavenaweteko Malavo, orientou os técnicos, de todas as unidades sanitárias públicas e privadas, a efectuarem o diagnóstico diferencial, que passa pelo internamento de pacientes, em função dos sintomas de cada doença.
“Orientamos aos técnicos das unidades sanitárias, sejam elas públicas ou privadas, para organizarem os pacientes em definição de casos, para não confundir a varíola dos macacos com outras patologias”, salientou.
A direccão do Gabinete Provincial da Saúde, a Comissão Provincial Multissectorial de Prevenção e Controlo da Mpox (varíola do macaco), coordenada pelo governador do Uíge, José Carvalho da Rocha, afirma ter a situação sob controlo, assim como tem efectuado trabalhos contínuos de sensibilização e busca activa, nas comunidades, sobretudo de casos suspeitos.
“Temos a situação controlada, mas não podemos baixar a guarda, por isso temos a vigilância epidemiológica a funcionar, assim como temos feito a capacitação dos técnicos de saúde, e do pessoal das comunidades, sobretudo as autoridades tradicionais e líderes religiosos, por serem estes, que ficam muito tempo em contacto com a população”, afirmou.
Kavenaweteko Adelaide Malavo apelou a população, para que mantenham o controlo e vigilância epidemiológica nas comunidades.