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Ovos contaminados: Angola foi notificada mas não iniciou investigação, alegadamente por não importar ovos para consumo humano

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O Instituto dos Serviços de Veterinária, tutelado pelo Ministério da Agricultura, garante que a sinalização de Angola como um dos países que receberam ovos e subprodutos contaminados do mercado europeu não representa qualquer risco para o consumidor, porque o país não importa ovos para o consumo humano há cerca de quatro anos.

Segundo o chefe do Departamento da Sanidade Animal dos Serviços de Veterinária do Ministério da Agricultura, Norberto Pinto, Angola admite apenas a importação de ovos férteis, situação que, garante, não constitui qualquer perigo para a saúde humana, mesmo em caso de contaminação.

O responsável, que prestou o esclarecimento ao Jornal de Angola, explica que os ovos férteis são utilizados para incubação e reposição de bandos pelos produtores, e assegura que mesmo que houvesse uma contaminação neste processo, a mesma não chegaria ao mercado de consumo.

Isto porque, de acordo com o também médico veterinário, “haveria morte embrionária”.

Perante este cenário, o chefe do Departamento da Sanidade Animal dos Serviços de Veterinária do Ministério da Agricultura informa que embora Angola tenha sido notificada da contaminação pelas autoridades europeias, não foram conduzidas quaisquer investigações.

Apesar da aparente despreocupação das autoridades angolanas sobre o assunto, nem o Ministério da Agricultura nem o Ministério da Saúde aceitam falar sobre o caso.

O Novo Jornal Online contactou o chefe de gabinete de comunicação do Ministério da Agricultura, que diz estar apenas autorizado a falar com o Jornal de Angola, enquanto do Ministério da Saúde recebemos a indicação de que foi decretada uma espécie de lei do silêncio sobre o tema dos ovos.

A fraude que conduziu à contaminação de ovos pelo inseticida fipronil remonta a Setembro de 2016, disse recentemente a Comissão Europeia, precisando na altura que 34 países, a maioria na Europa, foram atingidos pela situação.

A contaminação de dezenas de milhões de ovos, resultante da desinfestação de explorações de galinhas poedeiras por um produto contendo fipronil, um antiparasitário forte estritamente proibido na cadeia alimentar, foi divulgada em Agosto.

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