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Opinião

Ou é desta, ou nunca mais…

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A situação que Angola vive hoje inspira qualquer um, até os mais distraídos a debitar algumas ideias sobre a vida política nacional.

É agora ou nunca, dizem as ideias que pululam pela minha cabeça, enquanto vou me actualizando lendo o Correio da Kianda, sobre as mais recentes notícias da nossa banda.

João Lourenço parece disposto a fazer uma viragem contra os trinta e oito anos de poder absoluto e desastroso de José Eduardo dos Santos. O país precisa de se reinventar, pois os anos de governação de JES deixaram Angola a sangrar.

É urgente a mudança de paradigma, e João Lourenço, o Presidente eleito nas eleições de 2017, sabe bem disso. É mais que urgente romper com o passado se quiser “fazer Angola voltar a sorrir um dia”, tal como disse num dos seus poemas mais conhecido, Jonas Savimbi, líder fundador da UNITA.

Não é só preciso romper com o passado, mas é necessário dar exemplos.

A recente criação de uma comissão multisectorial criada pelo Presidente da República, cuja missão é fazer o levantamento de investimentos privados realizados nos últimos anos, com recurso e fundos públicos, é um caminho a seguir.

Os corruptos que tomaram conta do Estado Angolano não podem ficar impune, sob o risco dos larápios se multiplicarem.

Será necessário mostrar aos novos “players” que o roubo descarado do dinheiro público não é um caminho a seguir.

As novas gerações precisam perceber que a corrupção foi um dos piores males que afectou Angola.

Precisamos olhar para o futuro, sem esquecermos o passado recente, que deve ser visto como um exemplo que nunca mais deve se repetir.

Os novos dirigentes devem olhar para o nosso país tal como ele é. Devem saber aproveitar todos os recursos disponíveis no nosso subsolo, assim como a grande força de trabalho que Angola possui.

A nossa economia não pode ficar dependente de um único recurso tal como foi no passado.

É preciso olhar para a diversificação da económica como um assunto que não deve ficar apenas no papel, ou servir de “show off”.

Devemos, igualmente, investir na indústria transformadora para que não fiquemos refém de terceiros, tal como acontece em boa parte de África.
Os recursos humanos, o mais importante de todos, não pode estar entregue a sua própria sorte, quando o país precisa de pessoas para o desenvolver.

É urgente que se invista a sério na qualificação do quadro Angolano, para que este não fique sempre em último quando o assunto é o emprego, exactamente por não ter qualificação capaz de competir com o expatriado.

É inaceitável andar pelos bairros de Luanda e perceber o número de mão-de-obra produtiva que está no desemprego, daí não nos assustarnos quando o nível de criminalidade sobe assustadoramente, em Luanda.

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