Os primeiros minutos do Presidente Biden em Angola

O Presidente da nação mais poderosa do mundo chegou no início da noite desta segunda-feira, 2 de Dezembro de 2024, a Luanda, capital de Angola, para uma visita oficial de três dias. A última de Estado até ceder lugar a Trump em Janeiro. O Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro esteve marcado por um movimento nunca visto em Angola.

14 é a hora marcada para o credenciamento dos jornalistas na área do complexo presidencial do Aeródromo. À entrada do parque de estacionamento estava a primeira etapa do cordão de segurança. No interior da caserna de segurança estava a equipa da Presidência angolana a confirmar e entregar o passe de acesso a cada jornalista prévia e anteriormente cadastrados.

Depois de confirmado o nome na lista e confirmada a identidade, e receber a credencial, o jornalista passa pelo primeiro RX.

Cerca de uma hora depois, já às 15h00, chegou uma caravana de vários carros protocolares da embaixada americana. Ocupam os quatro assentos junto a uma mesa montada a propósito, e inicia a segunda camada de segurança, passagem pelo Raio x.

Na segunda fila, o Correio da Kianda foi o segundo órgão confirmado na lista.

Os jornalistas nacionais, dos órgãos públicos e privados, entre convencionais e alternativos são acomodados numa tenda, junto do grupo gerador por cerca de uma hora ate às 16h00, quando jornalistas da impresa americana e a baseada nos EUA chegam e todos somos orientados a entrar para placa na pista.

Lá fora, na Avenida 21 de Janeiro o trânsito rodoviário é interdito à circulação automóvel. Um silêncio nunca visto é vivido no recinto aeroportuário.

17h38 aterra um dos Air Force One, transportando a imprensa americana. Por poucos segundos, os fotógrafos e operadores de câmaras assustam-se, quando já a aeronave batia o solo da pista até que uma assessora de imprensa americana avisa que não era aquela aeronave que trazia o presidente mais poderoso do mundo.

Instantes depois, o avião da Presidência americana taxia pela pista até a zona próxima a placa e várias pessoas, com bagagens descem e se dirigem ao protocolo.

Às 17h50 quatro veículos americanos, de vidros fumados e blindados se fazem a pista, em alta velocidade, e desaparecem do visual da imprensa, lá no fundo da pista. E regressam escoltando o avião Air Force One, o segundo, que aterrara instantes antes com o Presidente Joe Biden no interior.

Às 18h10, Air Force One está na placa, tapete vermelho estendido, imprensa toda em prontidão. A oficial junto do Tapete Vermelho, na pista e os demais jornalistas uns metros recuados, bem perto da porta da sala protocolar.

Às 18h30, abre-se a porta interna da aeronave e Biden sai. O Ministro das Relações Exteriores é o primeiro a estender-lhe a mão direita para a saudação de recepção. Caminham passos lentos, sem preocupação aparente. O charme do presidente evidencia-se na caminhada e estava também Luís Nunes, governador de Luanda, que lhe estende a outra saudação, já bem junto dos funcionários da Embaixada Americana em Luanda.

A conversa dura cerca de 20 minutos. Joe Biden ouve atentamente os pronunciamentos e às 19h20 sobe na viatura e a caravana segue. O cenário é desmontado.

Depois do Presidente dos Estados Unidos deixar o recinto aeroportuário, o trânsito automóvel na Avenida 21 de Janeiro retoma com buzinas a mistura.

Espaço aéreo nacional fechado.

Durante toda a tarde, desta segunda-feira, 2, nenhuma aeronave sobrevoo o espaço aéreo do aeroporto, nenhum voo comercial descolou ou aterrou no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro.

Na zona de embarca de voos comerciais várias pessoas se mantinham em pé. Quer no interior como no exterior. No placar informativo, o voo das 19h26 atrasado foi para às 23h00 e tinha como destino RDC.

Já no terminal de chegadas, nenhuma informação actualizada no placar informativo.

Já passavam das 19h30, mas ainda podia ver-se a informação segundo a qual o voo provenientes de Cape Town (África do Sul) chegava às 18h00. De Istambul (Turquia) chegaria às 18h15 e o de Jornnasburg (África do Sul), às 19h10. Entretanto, os passageiros estava informados do atraso dos seus voos.