Connect with us

Opinião

Os Partidos em Angola Perdem-se por falta de conhecimento e exploração de marketing político e eleitoral: Redes Sociais Part. 2

Published

on

A questão da desvantagem do não uso “regularmente” das redes sociais pelo Presidente da República e Titular do Poder Executivo, portanto, a Administração Lourenço e demais líderes dos partidos políticos e Coligação dos Partidos Políticos no nosso país, primeiramente, é a quebra da interactividade com os eleitores. Segundo é que, as redes sociais podem servir de barómetro para medir a pulsação, interesse e o conhecimento que os nossos jovens, os cidadãos, o eleitorado possuem pelos assuntos políticos do país e quais são as suas contribuições, em termos de ideias, para formulação e reformulação das políticas públicas. Terceiro pode ser servir também, de uma mare para pescarem novos quadros políticos, ou seja, futuros quadros dirigentes de forças políticas. Porque pouco-a-pouco revela-se já, principalmente aos nossos partidos tradicionais (MPLA, UNITA e FNLA) a necessidade da renovação da sua elite política: necessitam de uma elite novacom uma  visão e estratégia política diferente da geração dos “Maquisardes”, a geração de 1940, 1950, 1960 e 1970, que o seu discurso e o “modus operandi” no actual cenário e contexto político, vai revelando-se inadequada. Isto não quer dizer, expurgação. Mas sim, a produção de um casamento perfeito entre a geração dos mais velhos e a geração dos mais novos.

O Mais Alto Magistrado Administrativo do país, o General João Manuel Gonçalves Lourenço, revelou na altura da sua campanha, muito receptivo as novas ferramentais digitais, alias a sua equipe de comunicação e marketing político e eleitoral, sabiam no fundo, era necessário utilizar as redes sociais para elásticizar as suas mensagens, e fizeram mais do que uma campanha eleitoral, criaram uma marca, a marca JLO, e os eleitores não obstante das informações preliminares que tinham sobre Presidente, na altura candidato, despertou as emoções e esperanças, foi o produto político mais comprado. Graça as redes sociais, a sua mensagem chegou a segmentos que outrora tinham pouco contacto com a realidade política e dos candidatos. Isto construiu um laço e uma ideia de aproximação do Presidente com os cidadãos eleitores. O Presidente João Lourenço estava criar um paradigma novo de fazer e estar na política em Angola. Depois dos resultados eleitorais, regrediu consideravelmente. As lideranças políticas em Angola, não devem esquecer que, as redes sociais, a democracia virtual está a mudar o mundo com o seu impacto. E Angola não está fora do mundo, a metamorfose da nossa vida e forma de fazer política está ser forçado pelas redes sociais e os nossos políticos, os nossos partidos políticos não devem estar alheios a esta realidade.

A Administração dos Santos, não se tinha adaptado a 100% a está realidade. Isto compreende-se, porque o ex-Presidente da República e Titular do Poder Executivo, Eng.º José Eduardo dos Santos, veio de uma época diferente, mas mostrava-se já receptivo, apesar da sua postura e estilo conservador. Já tirava “selfie”. Agora, o actual momento já não se justifica o isolamento total e absoluto. Os partidos na qualidade de grupos politicamente organizados, que lutam para a conquista, exercício e manutenção do poder político, o poder do Estado, elas possuem três funções fundamentais: formação da opinião; selecção de candidatos e enquadramento dos eleitose sem esquecendo a dimensão do seu papel representativo: agregação de interesses; articulação de interesses. Logo, os partidos que se encontram no espectro da competição política em Angola, devem actualizar-se, adaptar-se e evoluir com o pensamento do eleitor. Os partidos políticos que forem incapazes de se adaptarem as mudanças, provavelmente, deixaram de ser atractivos e lamentável serão ultrapassados. O diagnóstico político revela-nos uma adaptação do MPLA, UNITA e a Coligação Eleitoral CASA-CE a estas novas exigências. Apesar, não de uma forma organizada e penetrante, mas estão no caminho. PRS e a FNLA que estão muito hibernados e presos no tempo. Precisam liberta-se.

O eleitor angolano cada vez mais vai mostrando-se exigente no que concerne à acção político-governativo e político-partidária. É uma metamorfosede paradigmas. Há uma espécie de enfraquecimento da identificação partidária, em benefício do país, da pátria, a cidadania vai recuperando o espaço que tinha perdido pelo militantismo. As máquinas partidária vão perdendo força, e vai se elevando o nome de determinadas figuras políticas, a sua mensagem, o seu programa de governação. Isto é fruto de uma maturidade política e cívica, como também uma elevação do nível de coerência ideológica das opiniões manifestadas pelos jovens, os cidadãos, os angolanos ao nível das redes sociais. E, acredito que nas eleições-gerais de 2022 e 2027 poderemos ter já aquilo que se denomina por votos qualitativos, que normalmente é dirigido aos candidatos/as, aos programas políticos concretos e materializáveis e não ao partidos, estritamente falando.

Os benefícios notáveis no uso das redes sociais são enormes, visto lá é que começa agora a gravitar acção política concreta. Mas também temos de reconhecer que não é todos angolanos que fazem uso das redes sociais, por essa razão torna-se imperioso os partidos, os políticos ou candidatos/as de combinarem as formas tradicionais e as modernas de mobilização. No âmbito dos ditames da transparência política e boa governação as redes sociais podem servir de um canal apropriados para Executivo publicitar as suas acções semestrais ou trimestrais para que os cidadãos possam estar mais informados sobre a forma como está ser gerido a coisa pública. E abre sempre um espaço de interacção com cidadãos. Porque hoje, o cidadão não pode estar excluído da governação: mas sim, deve ser incluído; promoção de uma governação com os cidadãos, para os cidadãos e pelos cidadãos. O cidadão deve virar o centro da gravitação governamental. Isto só é possível com uma acção aberta.

Agora, para quem se encontra na oposição, a sua posição deve ser mais dura e regular. Porque se encontra numa posição da luta para conquista do Poder. Enquanto àquele que governa está numa posição de manutenção. O seu trabalho deve ser mais persuasivo, um trabalho de monitoramento e fiscalização permanente, acompanhara detalhadamente e informar aos cidadãos, aos eleitores que a força política que vocês elegeram não é coerente e não respeitou a vontade dos angolanos, dos eleitores. Deve fomentar mais debate e ir ao encontro dos eleitores nos seus espaços de interacção. A oposição política, como o termo em si indica, fazer obstáculo ao governo, ao seu projecto governativo. Logo, para mudar a consciência do eleitor será necessário trazer uma alternativa melhor em relação àquilo que está implantado ou a ser implantado. E, as redes sociais servem de mecanismo directo de passar a sua mensagem e visão governativo, elevar a imagem do seu candidato. Já que não conseguem fazê-lo nos órgãos tradicionais: numa perspectiva de “vitória política ama uma boa preparação”.

Não se justifica, isto politicamente falando, é imperdoável, que os partidos e os políticos fugirem as plataformas digitais como «DIABO FOGE DA CRUZ». Estamos na era da democracia participativa e competitiva. Sendo ela um conjunto de experiências e mecanismos que tem por finalidade estimular a participação directa dos cidadãos na vida política através de canais de discussão e decisão: a participação activa, efectiva dos cidadãos na vida política. E as redes sociais, podem ser vistas como canais de articulação entre vários actores sociais e agentes políticos. A interacção entre estes pode-se construir, principalmente, os partidos político na oposição, ajudarem construir espaços que possam proporcionar a abertura do Estado à participação efectiva dos cidadãos e da sociedade civil. Os políticos podem usar as redes sociais como fontes alternativas de informação, para criarem uma movimento de solidariedade: para àquele que governa, construir corrente de apoio interno e externo, fortificando a sua base eleitoral. E àquele que se encontre na oposição, grupos de pressão e de outras natura que o ajudam a chegar ao Poder. Temos de confessar entre nós, temos políticos que não têm noção da força mobilizadora das redes sociais. Como também não possuem estratégias de acção e visão política para o futuro. A título de exemplo, tivemos a prova disso nas Eleições-Gerais de Agosto de 2017.

A justificativa de advocacia de falta de cultura política, não «pega ou cola». Porque a cultura política tem mais a ver com atitudes e orientações dos cidadãos em relação aos assuntos políticos. Portanto, o papel dos cidadãos na vida pública. E, a cultura política está associada ao pensamento social em referência à esfera do actor político conectada aos valores, atitudes, crenças, esquemas e metodologia de acção. Agora, o não uso destas ferramentas, ilustra tacitamente à não evolução de certos políticos e partidos políticos, que continuam presos aos pensamentos e métodos da acção política da década de 1960. que hoje está fora do uso. Com certeza que estes políticos perante a actual realidade mutacional da sociedade angolana, estes políticos estão fora do prazo de validade. E sabemos também, isto não é segredo para ninguém, que há certas forças políticas ainda activas só por uma questão de solidariedade histórica. Senão, estas estariam extintos à bastante tempo. Acredito que já abordei sobre está questão, agora temos que compreender que o político não nasce do dia para noite. Ele constitui um produto de um processo que ao longo de um determinado período de tempo, formatado e projectado através de uma imagem pela qual os eleitores se identificaram e compraram. O Presidente João Lourenço, fez um recuo quase brusco. Quebrando desta forma o laço que se estava solidificar com cidadãos. Compreende-se que a dinâmica de governação não é a mesma da dinâmica de campanha eleitoral. Aqui, a exigência das promessas eleitorais começam e o candidato eleito tem de saber cumprir o contrato político estabelecido entre o candidato e o eleitorado. Como evidente, a governação constitui a gestão de interesses de vários segmentos ou grupos que constituem a sociedade. E a sua governação é muito complexa, por causa da situação económico-financeira que o país vive. Acredito que é uma estratégia que o Presidente Lourenço devia manter, para solidificação da sua base de apoio e eleitoral, já manifestou as suas intenções de concorrer para um segundo mandato.

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Radio Correio Kianda

Colunistas