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Politica

“Os mais vulneráveis devem ser incluídos” – João Lourenço discursa hoje na Assembleia Geral da ONU

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O cientista político Eurico Gonçalves mostra-se optimista em relação aos resultados da Assembleia Geral da ONU, que decorre esta semana, na sede da instituição, em Nova Iorque, EUA, onde o presidente João Lourenço discursa esta terça-feira.

Sobre a Cimeira do Futuro, que decorreu domingo e segunda-feira, Gonçalves menciona vários elementos como, por exemplo, avanços na aceleração do alcance dos 17 Objectivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

“A aprovação do Pacto para o Futuro vai trazer bons resultados no que diz respeito à aplicação, à implementação dos 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Este é um documento padrão que tem sido utilizado a nível mundial. Só para termos uma ideia, a Namíbia conseguiu cumprir o objectivo número 5, que é a igualdade do género. Ou seja, nas instituições, quer privadas ou públicas da Namíbia, já temos 50% a 50%. O objectivo é chegar a 50% de força do trabalho masculino, 50% feminino. Isso graças aos ODS da ONU”, ressaltou.

Em sua análise, Eurico Gonçalves elogiou, igualmente, o discurso feito pelo Presidente João Lourenço: “Os mais vulneráveis devem ser incluídos. Isso está em discussão e notamos no discurso do presidente. Ele fez questão de mencionar que a juventude e as mulheres devem fazer parte do processo de tomar decisões”.

Para o especialista, “isto converge exactamente com o seu discurso, há poucas semanas, de que é preciso fazer uma mudança geracional no que diz respeito, então, ao Estado, à força de trabalho no Estado, no governo e também no partido político que ele dirige. Este é um encontro muito importante, vai trazer resultados saudáveis. Compreendemos que os problemas no mundo são muitos e continuam a aumentar, mas o mundo tem essa configuração, tem a configuração de ser mais problemático do que menos problemático.

Eurico Gonçalves defende que “a solução está exactamente nas pessoas, através dos seus líderes, que encabeçam a parte da liderança política e da liderança presidencial”.

Disse ainda que a “Cimeira do Futuro” revelou que os líderes mundiais estão engajados na busca da paz nos países em conflito.

“Outra questão que vai também ser discutida é, exactamente, a eliminação total das armas nucleares. Nós temos notado no conflito russo-ucraniano, apela-se muitas vezes ao uso das armas nucleares para se poder, então, dinamizar ou dar continuidade à guerra”, reforçou. 

Já o especialista em relações internacionais, Nkinkinamo Tussamba, lamenta o facto de não existir grandes reformas no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Prevê-se a entrada de mais dois países, mas não terão o poder de veto como membros permanentes, nomeadamente Estados Unidos, China, França, Rússia e Reino Unido.

Em relação aos resultados da Assembleia Geral das Nações Unidas cujos discursos terminam na próxima quinta-feira, Nkinkinamo Tussamba disse “não esperar por grandes novidades”.