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Oposição sul-africana de novo nas ruas contra presidente Zuma

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Dezenas de milhares de pessoas manifestam-se hoje nas ruas de Pretoria para exigir a demissão do presidente sul-africano, Jacob Zuma, numa nova acção de protesto da oposição, antes da votação de uma moção de censura no parlamento.

Menos de uma semana após uma primeira vaga de manifestações em várias cidades da África do Sul, a capital é palco de uma marcha que deve terminar junto à sede do governo, com os participantes aos gritos de “Zuma deve cair”.

A manifestação conta sobretudo com militantes da Aliança Democrática (DA) e dos Combatentes pela Liberdade Económica (EFF), os dois principais partidos contra o Congresso Nacional Africano (ANC) no poder.

Atolado há meses numa série de casos de corrupção, o chefe de Estado enfrenta uma nova tempestade política desde a remodelação do governo feita a 30 de março.

A demissão do ministro das Finanças Pravin Gordhan, que se opunha a Zuma em nome da transparência da gestão dos fundos públicos, provocou a cólera da oposição e a deterioração da classificação financeira da África do Sul.

A remodelação provocou também uma crise aberta no seio do ANC.

Na sexta-feira, foram também dezenas de milhares as pessoas que desfilaram em várias cidades sul-africanas para pedir a saída de Zuma e a DA e os EFF apresentaram no parlamento uma nova moção de censura contra o chefe de Estado.

Zuma qualificou os protestos de “racistas”, embora neles estivessem representadas todas as etnias, religiões e culturas do país.

O ANC, que dispõe de uma confortável maioria de 249 lugares em 400 no parlamento, prometeu rejeitar a moção de censura, cuja votação está prevista para o próximo dia 18.

O voto poderá, no entanto, ser adiado devido a uma disputa legal sobre uma possível votação secreta, o que permitiria que os rivais de Zuma juntassem os seus votos aos da oposição.

“Se houver uma votação secreta no parlamento, é provável que aqueles que estão contra o ANC obtenham a maioria”, disse hoje o presidente do Congresso do Povo (COPE, oposição), Mosiuoa Lekota.

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