Economia
“OPEP não condiciona produção petrolífera de Angola”
No ano em que Angola assumirá a presidência rotativa da organização (2021), a OPEP reafirmou a reposição gradual, em 2021, de 2 milhões de barris de petróleo por dia, com aumentos mensais não superiores a 500 mil barris de p/d, a partir de Janeiro.
Relativamente à República de Angola, a quota de produção da OPEP, passará de 1 milhão e 249 mil barris de petróleo por dia para 1 milhão 267 mil barris p/d em Janeiro de 2021, podendo atingir 1 milhão 319 mil barris por dia no final do ano. Este ajuste não põe em causa o volume de produção inscrito no OGE 2021, ou seja 1 milhão 220 mil barris, inferior em cerca de 47 mil barris por dia, expôs o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleo, num comunicado ao qual o Correio da Kianda teve acesso.
“Os dados acima apresentados, confirmam claramente que os níveis de produção de Angola não estão condicionados pelo volume de produção fixado pela OPEP, mas sim pelo declínio natural dos campos, suspensão da actividade de sondagem em 2020 motivada pela pandemia da Covid-19 e pela ausência de investimentos na exploração em geral”, diz a nota.
Ainda de acordo com o comunicado, “em 2021 está previsto o arranque dos projectos de terras raras do Longonjo, província do Huambo, e em Quilengues, província da Huíla”.
“O Ministério perspectiva ainda nesta legislação (2017-2022) iniciar com as obras de um pólo logístico no Dundo, província da Lunda-Norte. O Executivo augura que este pólo logístico seja o embrião de uma futura indústria periférica à indústria extractiva que vai dar todo o suporte quer em termos de productos de agroindústria e insumos necessários à indústria mineira”.
Novas refinarias
Estão em prospecção ainda quinze projectos de cobre, nas províncias do Uíge, Cuando Cubango, Cuanza Sul, dentre outras. O ministério informa também que a modernização da refinaria de Luanda está em curso e tem como objectivo principal o aumento da produção de gasolina estando prevista a sua conclusão para o primeiro trimestre de 2022.
Para a refinaria do Lobito, estão a ser realizados novos estudos de engenharia e de viabilidade económica e prevê-se o início da sua construção para 2022.
A refinaria de Cabinda, está em construção e prevê-se a conclusão da primeira fase, no primeiro semestre de 2022. A refinaria do Soyo está em fase de concurso, prevendo-se a sua adjudicação para o primeiro trimestre 2021.
“Trinta e nove municípios do país não possuem postos de abastecimento, abrindo-se uma oportunidade para o investimento privado no segmento da distribuição de combustíveis”, avançou o Secretário do Petróleo e Gás, José Barroso.