Economia
OPEP e sócios vão reduzir produção em mais 500 mil barris diários
Os membros da Opep e outros dez países petroleiros – entre eles a Rússia – concordaram nesta sexta-feira (6) em reduzir sua produção em mais meio milhão de barris diários, na tentativa de sustentar os preços da commodity frente à debilidade da demanda mundial.
O corte total deste grupo de 24 países, que representam cerca de metade da produção mundial, será agora de 1,2 milhão de barris diários em relação aos níveis de outubro de 2018.
Os ajustes começarão a ser aplicados em janeiro de 2020, indicou o cartel em um comunicado após dois dias de negociações em Viena.
Em uma mensagem aos mercados sobre seu compromisso, a Arábia Saudita – primeiro exportador mundial de cru – prometeu fazer reduções “voluntárias”, o que elevaria este total para 2,1 milhões de barris diários.
A finalidade da chamada OPEP+ é, por meio da cotas, influenciar os preços para que sejam “justos e estáveis para os produtores”, em um contexto global de demanda frágil provocada pela guerra comercial e pela desaceleração do crescimento.
Após o anúncio, os preços do barril de WTI, referência nos Estados Unidos, e do Brent, seu equivalente na Europa, subiram 2%.
No final de 2016, os membros da Opep haviam acordado com outros dez países petrolíferos, incluindo a Rússia, limitar sua produção para lidar com o boom do gás de xisto americano.
Diante do enfraquecimento da demanda global e da concorrência americana, o cartel de países exportadores deseja continuar restringindo a produção para apoiar os preços.
A Arábia Saudita suporta sozinha a maior parte do ônus e já está produzindo abaixo de sua cota.
Riade não está satisfeita com o não cumprimento das metas de produção de vários países, como Iraque, Nigéria e Rússia, e essas tensões prolongaram as negociações iniciadas na quinta-feira na capital austríaca.
AFP