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ONU precisa de um novo contrato social, diz presidente do Senegal

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O mais novo presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, disse no seu discurso na 79ª Assembleia Geral da ONU na quarta-feira, 25, que a solidariedade e cooperação deve ser o pano de fundo para um novo contrato social para romper com o ego dos países e estadistas mundiais.

Faye assegurou ainda que a paz não é apenas ausência de guerra, mas é também a possibilidade de cada ser humano viver com dignidade, ter alimentação, habitação, educação, e cuidados médicos.

Hoje, mais de 750 milhões de pessoas têm fome porque não comem o suficiente. Os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos para 2030, afastam cada vez mais o mundo por causa de milhões que vivem em extrema pobreza todos os dias.

“É urgente e crucial que salvaguardemos e reforcemos o multilateralismo como o quadro único de acção para a paz e segurança internacional de modo imperativo reformando as instituições globais como conselho de segurança da ONU, Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, estes para serem mais inclusivos e reflectirem as actuais realidades geopolíticas e económicas mundiais.”

África deve ter um lugar importantíssimo nestes órgãos de decisão, afirmou Bassirou Faye, acrescentando ainda que o comércio ilegal, evasão fiscal, fluxos financeiros ilícitos e imposto abusivos é gerado da correção das injustiças económicas que somente preojudicam os países africanos.

Faye argumentou também que, os históricos países industrializados são os principais responsáveis pelas enormes emissões de gases com efeitos estufa e devem redobrar os seus esforços para financiar a transição energética, uma justa e equitativa transição energética que não penalize os países em progresso.

Por Pedro Kiriau

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